Capítulo 28

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N/A: Recomendo escutarem as músicas Last Kiss - Taylor Swift, Carrousel - Melanie Martinez e FRAGILE THINGS - Dove Cameron (todas estão disponíveis na playlist de Tenor).

Londres, South Kensington - Sábado, 23:34PM

     'Ainda sem respostas.' Lux sentiu uma faca atravessar seu peito ao ler a mensagem de Gale.
     O garoto se sentia tão estúpido por ainda estar imerso naquele caso de assassinato, que se perguntava se valeria todo o esforço, mas ele sabia que sim. Ele sabia disso, pois, se o assassinato de Giselle tivesse alguma relação com ele, as próximas vitimas podiam ser Hadley, Thea, Erik, ou até... Yara. Se tivesse relação com Giselle, Yara estava livre, mas Hadley e Thea ainda estavam em perigo, ainda incluindo Abby, Keith, Lorenzo e até Gregory, mas ele não preocupava Lux.
     Lux não poderia se permitir perder coisas importantes para ele outra vez.
     Mas ele sabia que nada daquilo seria para Giselle, nunca mais.

– Eu te odeio. – Sussurrou, fechando os olhos lentamente. –

Londres, South Kensington - Domingo, 17:07PM

– Não esqueça de tomar o remédio! – Hadley gritou para que Lux, um andar acima, a escutasse. –

     O garoto revirou os olhos ao ouvir a irmã. Como ele se esqueceria de tentar se livrar da maldita dor de garganta que estava infernizando-o desde que acordara pela manhã?
     Em um passeio normal, Lux apenas desistiria de sair e usaria a sua condição como uma desculpa esfarrapada, mas aquele não era um simples passeio que ele poderia perder, estava longe de ser. Então o loiro apenas adiantou as coisas e pegou o frasco de remédios enquanto procurava por seu telefone. Agarrou o telefone assim que avistou e tomou um comprimido no seco. Por precaução, Lux guardou o pequeno frasco no bolso, para caso a dor não o deixasse e ele precisasse de mais.

– Você já está pronta? – Gritou, guardando o seu telefone no bolso da sua calça jeans escura. –

– Só estou esperando a princesa! – Zombou. –

     Lux estalou a língua e pegou as chaves do seu carro, mantendo-as na mão.
     Desceu as escadas rapidamente e foi ao encontro da gêmea, que já estava de pé na porta, apenas esperando o garoto para irem.

– Até que enfim! – Quase comemorou ao abrir a porta principal. –

– Se fode, porra. – Falou sem paciência, fechando a porta atrás de si ao sair. –

– Continue com esse mau humor, que a Yara te dá um fora que fica marcado na sua alma. – Zombou, dando tapinhas no rosto do loiro. –

– Você não tem o que fazer, não, garota?

– Tenho, perturbar você! – Sorriu brincalhona. – Qual é, vai me dizer que esse tempo todo se arrumando não foi por causa dela? – Colocou aos mãos nos quadris, encarando-o sem piedade. Um completo silêncio. – Pensei.

Londres, The Boltons Street - Domingo, 17:19PM

     A brisa gelada bateu no corpo de Yara, fazendo o seu cabelo meio preso voar, atrapalhando um pouco o processo de passar batom que a garota estava tendo. Afastou o seu cabelo e voltou a pintar os seus lábios de vermelho.
    Já estava calçando seu all star vermelho e vestida com seu conjunto jeans – calça e jaqueta – de lavagem escura, com uma blusa de mangas longas por baixo, também na cor vermelha, mas um tom um pouco mais escuro do que o batom e o tênis que usava. Seus olhos estavam contornados com bastante lápis preto – sua marca registrada – e com um pouco de brilho nas pálpebras.

– Ainda estou surpresa que você vai. – Falou fechando o batom, assim que viu Gregory escorado no batente da porta do seu quarto. –

     O garoto usava uma jaqueta amarela com uma camiseta branca por baixo. Sua calça e seus tênis pretos se destacavam diante das outras peças.
     Greg olhava fixamente para um ponto na janela, até ouvir a voz de Yara ir em sua direção e mudar para onde dava a atenção do seu olhar.

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