Capítulo 18

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N/A: Recomendo escutarem a música Right Here do Chase Atlantic (disponível na playlist oficial de Tenor).

Londres, The Boltons Street - Quarta, 23:15PM

     Yara ia em direção a entrada da casa, ainda confusa com a ligação que havia recebido.
     Ficou ainda mais surpresa quando abriu a porta e realmente viu o loiro do outro lado, e pior, estava machucado.

– Ai meu Deus, o que aconteceu Lux? – Perguntou, ficando estática na porta. –

– Me bateram na rua, nada demais. – Limpava o sangue quase seco quando respondeu. –

– Nada demais? – Quase gritou, indo em direção a ele e tocando seu rosto. – Lux, isso é alarmante!

– Não é nada demais, Yara. – Colocou a mão sobre a dela, em um plano de tirar a mão da garota de lá, mas simplesmente paralisou lá e não conseguiu. – Quer saber? Não era nem para eu estar aqui.

– Se veio aqui, teve motivos, pare de agir como um idiota. – Falou com a respiração um pouco falha. – Fique aqui, vou ver com a minha tia se você pode entrar para eu cuidar disso.

     Yara tirou a sua mão do rosto de Lux e voltou para dentro de casa, deixando a porta levemente encostada.

     Fagan ficou do lado de fora esperando, quase ignorando o frio por conta da dor agonizante que sentia no rosto.
     Quase gritou de alívio quando viu Yara voltar, abrir a porta e liberar passagem para ele.

– Entra.

     Lux tinha quase certeza que ficaria arrependido em entrar lá, e até ficou alguns segundos pensando em apenas ir embora, mas se ele estava lá, tinha certeza que também se arrependeria se saísse, então apenas entrou.

     Yara fechou a porta da entrada e a trancou.
     Caminhou até a sala com Lux em seu encalço e então parou em frente ao sofá maior.

– Vou pegar algumas coisas, pode esperar aí. – Apontou para o sofá com a cabeça. –

     Lux se sentou no grande sofá e observou Yara sumir em um corredor.
     Olhou ao redor de si e percebeu o quão vazia e silenciosa a casa parecia, logo concluiu que, muito provavelmente, todos estavam dormindo. Torcia para que Gregory estivesse em um sono profundo, se o garoto visse Lux, provavelmente surtaria e Fagan não queria ser um incômodo para a tia de Yara, ele já não tinha uma fama muito boa, um surto não o ajudaria.
     Fagan tirou o foco de seus pensamentos quando viu Yara sentar ao seu lado, com uma maleta mediana, com patinhos amarelos e o fundo rosa bebê.

– Não se incomodou com o sangue? – Falou se referindo ao sangue, já seco, na região do nariz do rapaz. –

– Acho que nem percebi. – Acompanhava cada movimento de Yara, que pegava um pedaço de algodão e soro fisiológico. – Nunca olharia para você e pensaria que é o tipo de pessoa que sabe cuidar de ferimentos.

– E eu não sei, só estou fazendo o que o meu coração manda. – Colocava um pouco do líquido no algodão, observando o olhar de julgamento de Lux em sua direção, o que a fez rir. – O que foi? Soro e algodão não machucam ninguém.

     O loiro continuou a encará-la de forma desconfiada, mas o seu sorriso – que era uma forma de segurar a risada – não demorou muito a vir.

– Agora me diz, o que aconteceu? – Perguntou, começando a passar o algodão molhado por onde havia sangue. –

– Não sei direito, eu estava em uma rua e fui golpeado por trás, depois me bateram mais duas vezes e correram. – Explicou, movimentando o rosto conforme a mão de Yara guiava. –

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