𝟬𝟬𝟯. 𝗢𝗹𝗵𝗼 𝗽𝗼𝗿 𝗼𝗹𝗵𝗼

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                ❝ I loved you first, and then
              you loved me more intensely

Seus olhos percorreram meu rosto e pude notar que engoliu em seco, eu não queria ser agressiva, mas agi por impulso, sem nem mesmo ter controle de minhas próprias ações

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Seus olhos percorreram meu rosto e pude notar que engoliu em seco, eu não queria ser agressiva, mas agi por impulso, sem nem mesmo ter controle de minhas próprias ações. Ele encarou minhas mãos por um momento, e então as afastou calmamente, franzindo o cenho ao me encarar. Eu estava tão assustada que acredito ter usado da força bruta como mecanismo de defesa, eu certamente estava em desvantagem, porém odiava-me sentir a mais frágil dentre todos ali.

— Talvez se você não estivesse agindo como se quisesse me ver morto, eu não estivesse rindo tanto — Ele usa de um tom de voz mais baixo, no entanto, parecia levemente descontente, e eu diria que irritado, mas logo levantara suas mãos em rendição — É a segunda vez que alguém como você vem pra cá, não esperávamos por isso.

— Alguém como eu? — Franzi o cenho e ri com sarcasmo, até me dar conta do que ele de fato estava falando, logo estalei a língua, dando um passo para trás e cruzando meus braços — Uma garota? — Tombei a cabeça, indagando-o em um tom áspero — Acredite, é bem mais fácil ser um homem rodeado de outros homens do que ser uma única garota em meio à todos vocês. É como se eu me sentisse uma presa fácil, cercada de predadores famintos e ferozes.

— Eu sei que sim, não estou dizendo que sua reação foi diferente do que eu imaginava. Tem trolhos que agem bem piores do que você — Ele abaixou a cabeça e limpou o sangue da bochecha novamente, e isso me fez morder a bochecha internamente, acho que fui reativa demais, eu não quis... Machucá-lo. — Ninguém aqui vai te machucar, eu garanto isso. Nada dentro desses muros pode fazer mal a você, por isso tem que ficar aqui, pra garantirmos sua segurança.

— Me desculpe por isso — Afirmei baixo, indicando o corte em sua bochecha e dei um passo em sua direção, puxando a manga de minha blusa, limpando o resquício de sangue em seu rosto, estava tentando me acalmar, ele parecia compreensivo, não era uma ameaça, na verdade, quem parecia fazer esse papel agora era eu —, e o que tem além dos muros?

Apontei na direção dos grandes muros acinzentados com musgos percorrendo toda sua estrutura. O local me causava arrepios, mas parecia tanto que eu poderia sair daqui se entrasse lá, no entanto, eles pareceram bastante apavorados quando o tentei fazer, talvez haja lá um perigo que eu ainda desconheça, não arriscaria duas vezes tentando entrar lá, precisava saber o motivo pelo qual gritaram tanto quando coloquei meus pés próximo àquela área.

— Não se preocupa, já tentei segurar um que quase quebrou meu braço — Balançou a cabeça negativamente, desviando o olhar para os muros. Um suspiro escapou de seus lábios, sua expressão era difícil de ler. — Um labirinto, sem saída até agora. Todo mês um fedelho novo sobre pela caixa, e você... — Logo seu olhar volta-se em minha direção e encara-me fixamente. — É a segunda garota que aparece. Em três anos. E isso na mesma semana. Não me pergunte porquê está aqui, isso eu não sei te responder. Nem quem te colocou aqui.

𝗗𝗨𝗦𝗞 𝗧𝗜𝗟𝗟 𝗗𝗔𝗪𝗡 || Maze Runner - NewtOnde histórias criam vida. Descubra agora