𝟬𝟭𝟱. 𝗥𝗲𝗳𝗹𝗲𝗰𝘁𝗶𝗼𝗻𝘀

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❛❛ I see myself in you. ❜❜

Eu sabia que tinha feito merda no momento em que meu corpo foi empurrado com força pra trás, ainda que eu não realmente me arrependesse de beijá-la

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Eu sabia que tinha feito merda no momento em que meu corpo foi empurrado com força pra trás, ainda que eu não realmente me arrependesse de beijá-la. Acho que quero fazer isso a mais tempo do que imagino. E depois de tanto tempo tentando, joguei tudo por água a baixo por simplesmente agir por impulso e colar nossos lábios como se meu ar dependesse disso naquele momento.

— Eu não sei — Afirmei, sinceramente. Ela me perguntou o que eu estava fazendo, e eu honestamente não sabia. Balanço a cabeça negativamente e molho meus lábios, olhando para o lado. Não preciso ser um gênio pra perceber que ela está com raiva. — Acho que eu queria que você entendesse.

— Não me diga que fazia parte dessa porra de aposta — Afirmou trincando o maxilar e dando alguns passos em minha direção, era visível que um certo ódio mesclado de confusão tomava seu olhar — Porque é difícil de acreditar que realmente fez o que fez simplesmente porque... Quis.

Eu estreitei os olhos e um sorriso se formou em meu rosto, seguido por uma risada soprada em descrença. Eu estava possesso por causa da aposta e ela tem coragem de falar que eu posso estar participando dela? Encarei Moon com uma certa irritação, e dada a nossa proximidade, segurei seus braços, a puxando contra mim. Por que era tão difícil pra ela acreditar que eu posso simplesmente ter vontade de beijá-la? Não entendo o porquê de toda essa relutância idiota para algo que está explícito.

— Você quer que eu desenhe pra você entender, fedelha? — Franzo o cenho e coloco minhas mãos no rosto dela. — Dentre todos os trolhos nesse inferno de lugar, você acha mesmo que eu tenha faria algo do tipo com você? Nós dividimos o mesmo quarto, dormimos quase do lado um do outros todas as noites. Você é a criaturinha mais irritante que eu me lembro de ter conhecido. Mas qualquer coisa que eu fiz pra você até hoje deu a entender que eu queria me aproveitar de você? — Minha voz estava carregada de sinceridade, como se aquelas perguntas estivessem presas em minha mente a tempo demais e finalmente eu teria a chance de ter uma resposta para elas. — Pensei que pensasse diferente.

— Eu só... — As lágrimas começam a brotar em seus olhos e ela segura minhas mãos, seu toque era suave, mas a ponta de seus dedos estavam gélidos, então levantara seu olhar para mim, balançando a cabeça negativamente — Não consigo confiar em ninguém. Não é sua culpa que eu seja tão desconfiada, mas é difícil. É difícil porque eu sinto que fui machucada antes de estar aqui, todas as noites eu tenho pesadelos com as pessoas que me colocaram aqui e o quanto pareceu torturante. Você, assim como eu, deve saber que é atormentador simplesmente acordar em um dia sem ao menos se lembrar de nada do que passara. A única prova de que não estou ficando maluca são as cicatrizes... Então por favor, Newt, não me entenda mal, mas é preciso bastante coragem para dar um voto de confiança à pessoas que em seu passado podem ter te machucado.

Senti meu peito doer ao ver as lágrimas se acumularem no canto dos olhos dela, por um breve momento, consegui me ver nela. Três anos atrás, eu não conseguia confiar nem na minha própria sombra, e todos aqueles sonhos desconexos e a sensação de vazio que tomava todo meu corpo quase me fizeram uma vítima desse lugar. E isso me custou uma perna ruim, um lembrete de que pior do que aquele labirinto, sua mente pode ser seu pior inimigo aqui dentro. E por isso, eu a entendia.

E sabia que ela tinha pesadelos, eu só conseguia dormir depois de ter certeza que ela não acordaria, e ultimamente estou acordando mais cedo do que o comum porque ela também costuma ter pesadelos quando está prestes a acordar. Mesmo que eu tenha vontade de acordá-la e dizer que está tudo bem, sei que não poderia simplesmente fazer isso do nada.

— Tudo bem, eu entendo — Falo em tom baixo e lentamente retiro minhas mãos do rosto dela, pigarreando em seguida. Olho para o lado, vendo o prato de comida dela intacto, provavelmente já estava tudo frio. Não acho que seja a melhor opção continuar esse assunto, não por agora, eu odiaria vê-la chorando. — É melhor tentar comer sua comida, eu vou ver como o Gally está. Fique aqui.

— Desculpe — Afirmou baixo e virou-se em minha direção, estreitando os olhos para o prato —, isso tudo me deixa confusa. Quer dizer, você me deixa confusa — Ela franze o cenho e solta um suspiro pesado, passando as mãos em seus cabelos e quando segui na direção da porta, Moon foi mais ágil em entrar em minha frente, encostando-se à madeira. Eu inclinei a cabeça para o lado em confusão, o que ela está tentando fazer? — Gally? Essa é mesmo sua preocupação? — Um tom indignado tomou sua voz e ela deu uma risadinha que parecera ser incrédula — Você acabou de me beijar e quer mesmo que eu te deixe sair? Quer dizer, você age com indiferença depois de simplesmente ter me beijado? Não sei se isso é algo muito insignificante para você, mas para mim, não é. — Ela passa as mãos no rosto, enxugando as lágrimas restantes e fuzila-me com seu olhar — Porra Newt, ainda vai me deixar maluca.

Sussurrou a última parte e impulsivamente suas mãos seguram meu rosto freneticamente, e ela me puxa em sua direção, colando nossos lábios. Sua mão percorre meu abdômen por cima da camisa até que esteja espalmada em meu peito, sinto sua respiração baixa e quente contra meu rosto, enquanto sua outra mão sobe até minha nuca. Suas costas batem contra a porta e ela me puxa ainda mais para si, como se não tivesse a intenção de me soltar de seu aperto.

Eu fiquei em estado de choque no primeiro momento, sentindo um arrepio percorrer toda a minha espinha, como se um choque tivesse sido transmitido por cada um dos meus átomos. Fechei os olhos e passei minhas mãos ao redor de sua cintura, retribuindo o beijo ainda mais intensamente, nossas bocas se moviam de forma lenta mais ainda sim era um beijo necessitado. Não tive tempo para pensar em respondê-la, mas dei um sorrisinho entre o beijo, adentrando minha mão por sua roupa, tateando seu corpo quente em busca de mais contato.

— Eu vou te deixar maluca? — Pergunto entre o beijo, dando uma risadinha baixa em seguida. Levo minha mão livre até a nuca dela e começo a descer meus beijos por seu pescoço, aproveitando para sentir sua pele arrepiada em meus lábios. — Você tem tirado meu juízo desde que pisou os pés aqui, me dê um desconto — Deixei uma leve mordida em seu pescoço antes de erguer minha cabeça e encará-la, retirei sua franja da frente de seus olhos, provavelmente eu baguncei sem querer enquanto a beijava. — É impossível você ser insignificante pra mim, e tenho a impressão de que gosta de saber disso, fedelha.

Sussurrei a última palavra em um tom mais provocativo, apenas usei a deixa para adentrar minha outra mão pela camisa, olhei para baixo de relance e pude ver que as pernas dela estavam a mostra novamente, o que fez meu coração bater mais rápido, ela não tem noção do quão linda ela é. Fechei os olhos e soltei um suspiro frustrado antes de inclinar a cabeça para trás.

— Aqui ficou quente de repente, né? — Perguntei retoricamente. — Muito quente.

 — Muito quente

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𝗗𝗨𝗦𝗞 𝗧𝗜𝗟𝗟 𝗗𝗔𝗪𝗡 || Maze Runner - NewtOnde histórias criam vida. Descubra agora