Uma garota sem saber como era o mundo lá fora, sem amigos e sem boas memórias. Ayanna Hikari cresceu em um laboratório sendo testada e acabou criando quatro individualidades em seu corpo. Depois de anos, Ayanna foi salva por Mirko, que era como uma...
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Meu coração estava acelerado, eu mal conseguia respirar, minha visão estava turva e eu estava soando muito. Mirko estava em minha frente esperando meu contra-ataque, mas eu estava sem saída, a única vantagem era as minhas individualidades.
— Vamos, Ayanna! — Ela provocou. — Você consegue mais, vamos lá! Sabe que tem que aprender a se defender sem suas individualidades também!
— É, eu sei. — Respondi enquanto limpava meu suor que escorria pela minha testa com a palma da mão.
Eu tinha uma ideia.
Corri em direção a Mirko, que sorria esperando algum ataque de frente. Com um impulso, pulei por cima da mesma que me olhava confusa, antes que ela pudesse compreender meu golpe, dei um chute em suas costas, fazendo-a voar para longe. Ela rolou até a parede, mas conseguiu amortecer a batida quando parou um segundo antes.
— Essa foi boa. — Ela falou, ofegante. — Mas seria melhor se tivesse usado mais força, branquela.
Ela veio correndo em minha direção, quase não consegui desviar. Ela estava mais rápida, parecia que ainda não estava cansada, enquanto eu, estava quase morrendo. Desviava enquanto procurava uma brecha de atacar, mas estava difícil. Então usei meus sentidos e segurei o soco dela do ar, revidando logo em seguida. E assim, por pouco, quase a venci. Bom, se ela não tivesse conseguido me jogar no chão.
— Perdeu. — Ela disse com um sorriso no rosto. — Você está evoluindo bastante.
— Não o suficiente pelo o que parece. — Respondi.
Ela ajeitou a postura e estendeu a mão para mim, e eu logo a segurei e me levantei em seguida.
— Precisamos conversar.
— Fala. — Disse indo até a bancada, pegando minha garrafa d'água, abrindo e bebendo.
— Quero que entre na U.A.
Me engasguei na hora.
— Quê?! — Falei enquanto tossia. — Você ficou maluca?
— Calma, eu sei. — Ela deu tapinhas nas minhas costas. — Os testes acabaram e se passou um bom tempo, mas eu ainda consigo te matricular por recomendação.
— Mirko, não. — Disse grossa. — Minhas individualidades, meu passado, essa escola, os problemas que ia dar se descobrirem tudo. Tudo aponta 'pra uma grande bola de merda se acumulando, e se eu for, essa bola de merda explode e o resto você já sabe.
— Você tem quinze anos e nunca pisou numa escola, viveu em laboratórios, e se não fosse por mim... — Ela respirou. — você queria ser heroína, a U.A seria uma boa iniciativa 'pra você.
— Mirko...
— Até quando vai ficar no apartamento, vindo de vez enquanto pra agência, treinar e dormir?
