capítulo onze. - clichês e chocolate quente.

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⌁

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Sinceramente, eu poderia quebrar o pescoço de alguém nesse exato momento.

Eu estava dando meu depoimento para os policiais, mas eles pareciam burros, era uma desgraça sem fim. Finalmente tive paz, eu não queria ver ninguém, tanto que até expulsei Mirko da sala, querendo somente relaxar.

Quando o silêncio reinou naquela sala fria e assustadora de alguma forma para mim, as lágrimas vieram como um rio, uma dor sem fim no meu coração de cobaia. A memória daquele corpo; cabeça estourada, sangue, dor e mais sangue. Ele estava certo, eu não era uma heroína, eu nunca seria uma. Eu era uma assassina, o sentimento que muitas vezes invade a minha cabeça pensando em simplesmente arrancar a vida de alguém. Eu não era melhor que ninguém. Eu não era melhor que o desgraçado que tentava me matar, eu não era melhor que aquelas pessoas que usavam meu corpo para testes e prazeres próprios. Eu era somente um espelho que reflete toda a impureza e desgraça.

Eu me ajeitei naquela cama fria, me encolhendo e chorando igual uma criança; igual eu fazia aos oito anos, implorando por paz. Eu não conseguiria olhar na cara daqueles que realmente são heróis e melhores que eu em muitos aspectos, eu iria embora. Eles não precisam saber, logo iriam esquecer. Por que era tão difícil? Porra, o desgraçado ia me matar, eu só me defendi! Parte de mim pensava assim, a outra pensava que existia várias outras maneiras de me defender sem matá-lo. Várias outras maneiras de mostrar que eu não era a assassina que ele falava que eu era. Mas a verdade é que eu sou. Eu sou esse monstro e eu não posso fugir disso, mesmo que eu queira, mesmo que eu negue, mesmo que eu finja que é mentira: eu sou esse monstro que dizem que sou.

As lágrimas agora me sufocavam, meu coração doía e parecia tão acelerado que chegava a ser assustador, minha visão embaçada e meu corpo trêmulo enquanto se encolhia naquela cama fria; não importava o quanto eu me encolhesse e me cobrisse, o frio batia tão forte que parecia congelar meus ossos. E eu fiquei ali, chorando e chorando até finalmente cochilar, eu finalmente consegui dormir, mas sabia que nem em sonho eu tinha paz. Os pesadelos só pioravam.

 Os pesadelos só pioravam

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HANNY HANTA.

A notícia de que ela estava no hospital me deixou tão preocupada que mal dormi a noite. O dormitório estava tão quietinho, até mesmo eu não sentia tanta vontade de falar como antes. Uma amiga estava no hospital em estado grave, ela salvou todo mundo quando segurou aqueles prédios, mesmo toda machucada, ela lutou e conseguiu. Momo ficou mais comovida que muitos, ela viu de perto Ayanna segurar aqueles dois prédios de cinquenta andares. Ela viu quando ela desmaiou nos braços de Bakugou; outro que também não disse absolutamente nada após ontem. Ele não gritou, não xingou e muito menos disse algumas palavras gentis (o que era impossível). Todo mundo estava tão preocupado que chegaram a ficar tensos.

𝐓𝐎  𝐓𝐇𝐄  𝐒𝐓𝐀𝐑𝐒 - Katsuki Bakugou.Onde histórias criam vida. Descubra agora