Alguns dias se passam e eu não bebi mais, voltei a ir ao Aurora todos os dias e estou aqui agora fechando a folha de pagamento dos meus funcionários que com certeza merecem um aumento, eles trabalham duro e sempre me apoiam, sou muito grato por ter essa equipe.
Tive um pouco de prejuízo depois de quebrar as bebidas caras que eu tive que repor junto com as prateleiras, mas elas já estão como se nada tivesse acontecido.
Estou concentrado em números quando a porta se abre e Nate passa por ela com os olhos arregalados e muito afobado, ele abre a boca, mas não fala nada, eu arqueio uma sobrancelha e ajeito uma mecha de cabelo que caiu prendendo no meu coque de novo, porcaria de cabelo cumprido.
— O que foi, Nate?
— Acharam ela. — ele engasga.
— O que você disse? — levanto rápido derrubando a cadeira no chão.
— Ela está no hospital agora. — diz Nate. — Jessy tentou te ligar, mas você não estava atendendo...
Pego minha jaqueta e saio correndo de lá chegando no hospital alguns minutos depois, vejo todos aqui, Jessy, Dan, Thomas, Hannah, Lilly e Cleo, Alan está aqui também e até o Jake.
— É verdade? Ela está aqui? Ela está... — pergunto pra ninguém em particular.
— Sim, ela está aqui, ela está viva. — Jessy vem até mim e responde chorando até que Cléo vá até ela e abraça.
— Eu preciso vê-la. — digo.
— Ela não está recendo visitas agora.
— Eu preciso vê-la agora. — cuspo. Alan acena que sim para a enfermeira que abre a porta.
Meu coração se parte neste momento, meus olhos ficam cheios de lágrimas e meus lábios tremem com a vontade de chorar, Maria está viva, apesar do alívio de finalmente ela estar aqui, ela está nitidamente mais magra, pálida, cheia de hematomas e ao redor dos seus olhos estão escuros com olheiras, tapo a minha boca para não gritar e chorar.
— Ela está sedada agora e vai ficar assim por umas horas, está desidratada e desnutrida, também não tomava sol a muito tempo, então mantenha as cortinas fechadas. — me explica a enfermeira.
— Também tem ferimentos nos tornozelos, pulsos e pescoço. — Diz Alan.
Me aproximo dela e toco sua mão quente, e choro. Finalmente ela está aqui e eu nunca mais vou sair do lado dela. Nunca mais.
Depois de alguns minutos a deixo descansar mas fico ao lado de fora do quarto dela o tempo todo. Saímos do quarto e eu fecho a porta, olho para Alan.
— O que aconteceu com ela? — pergunto.
— Ela estava sendo mantida presa em um porão, havia uma corrente em seu pé que era trocado de uma perna para outra. Ainda vamos pegar o depoimento dela para entendermos direito.
— E onde ele está? — dou um passo à frente sentindo toda a fúria no meu corpo.
— Ele está morto.
— Vocês mataram ele? — pergunta Jessy.
— Não. — ele respiro fundo — Ela matou. — responde Alan com as mãos na cintura. Todos levam um choque com isso, estão assustados e surpresos, Jessy coloca a mão na boca incrédula. — Quando chegamos na casa, tinha acabado de acontecer, ela esfaqueou ele até a morte e ia sair pela porta quando eu a encontrei. Ela mesma se salvou.
O grupo passa de choque e de supresa para sorrisos, risadas e admiração, minha garota é foda pra caralho. Até eu estou sorrindo de tanto orgulho dela, queria entrar no quarto e a beijar, mas não faço isso visto que ela precisa se recuperar.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Quebrados - (versão do Phil)
FanfictionA versão do ponto de vista do Phil Hawkins da história Problemas em Duskwood, então leia ela primeiro e depois leia esta ;)