The Decisive Factor

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As buscas começaram no dia seguinte. O agente Rester comandou tudo, e começou tentando rastrear o celular de Lawliet. Não funcionou. Depois, ele mandou agentes para o Japão para tentar reunir pistas a respeito do paradeiro de Watari, visto que lá tinha sido sua última localização. Eles tiveram acesso às câmeras de segurança de todos os aeroportos do país, e em um deles, encontraram não só Watari, mas L também. No vídeo, os dois andavam calmamente até o portão de embarque. L usava boné e sobretudo, e parecia bem tranquilo. Eles também descobriram que o vôo que eles pegaram era para o Maine, nos EUA.

O agente Rester tentou contato, mas todas as suas tentativas fracassaram. O rastro deles esfriou quando o avião pousou nos Estados Unidos. Eles ficaram irrastreáveis assim que deixaram o aeroporto.

Aquilo frustrou os meninos. Eles não entendiam o que estava acontecendo. Por que Lawliet estava indo com Watari? O que ele estava planejando? Tais dúvidas permaneceram em suas mentes pelos três meses seguintes. Três meses de silêncio, três meses sem resposta. A vida na casa era confortável e pacífica, do jeito que L tinha planejado, mas do que aquilo adiantava sem ele?

Light assistiu o vídeo dos dois no aeroporto várias vezes. Assistiu e reassistiu, tentando encontrar uma pista, um sinal de que L tinha um plano. Mas não encontrou. Ainda assim, em seu interior, ele sabia que tinha algo errado.

L nunca ficaria tão passivo diante de uma situação que discordava. Ele nunca permitiria que alguém o controlasse daquela forma. Aquela pessoa no vídeo era ele, mas... não parecia ele. Não era o L que tinha conhecido.

- Qual é, você tem que parar de se torturar - Mello apareceu na sala, fechando o computador do Yagami.

Era uma manhã quente de terça-feira. 29 de março de 2004. Quase quatro meses sem Lawliet.

- Não consigo - Light negou, fechando os olhos e se recostando no sofá - Não é possível que só eu esteja vendo que tem algo errado nessa gravação. Você lembra como o Ryuzaki era, não lembra? Ele nunca ficaria tão passivo assim diante de alguém que claramente é uma ameaça.

O loiro suspirou, se jogando no outro sofá enquanto comia uma barra de chocolate.

- Sei lá, essa fita é estranha - Murmurou, pensativo - Eu não sei o que é, mas é como se nem fosse ele. O agente Rester ainda não conseguiu nada?

- Não, nada. Ele tenta ligar, mas nenhum dos contatos que o Ryuzaki deu pra ele existem. Parece que todos os números foram cancelados - O japonês resmungou, cansado - Não sei mais o que fazer. Não quero acreditar nisso, mas é quase como se ele não quisesse ser encontrado.

- Ei - Mello apontou a barra de chocolate para o mais velho - Cuidado com o que fala.

- E o que eu devo pensar? - O Yagami retrucou, o encarando - Nada nessa história faz sentido. Se ele tá vivo e bem, e nós sabemos que está, por que ele não volta? Nós estamos no mesmo país!

- Tem algo o impedindo. Ou alguém - A voz de Near chamou a atenção dos dois, que o viram escorado na parede do corredor da sala - Talvez Watari tenha achado que já era hora de ele voltar às responsabilidades que tinha como detetive, e sabendo que não iria conseguir convencê-lo pacificamente, se viu no direito de obrigá-lo.

- Ok, eu concordo que talvez tenha sido essa a motivação dele, mas estamos falando do Ryuzaki - Light argumentou - Ninguém obrigava ele a nada.

- Hum, é verdade - Mello concordou, de boca cheia - Lembra da treta lá em Los Angeles? A gente teimou muito pra que ele deixasse a gente ajudar, mas quando aquele cretino toma uma decisão, já era. Ou é do jeito ou é do jeito dele.

- E se o Watari tiver nos ameaçado? - Near supôs, entrando na sala de vez e se sentando no braço do sofá - Que outra coisa ele podia usar para chantagear o Ryuzaki? Não é querendo ser egocêntrico não, mas de fato, éramos o que ele tinha de mais importante.

The Wammy's House Boys - LawLightOnde histórias criam vida. Descubra agora