Lonely Nights

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Eles desembarcaram às quatro e meia da manhã. Ainda era madrugada, as ruas estavam escuras e vazias. O agente Rester foi com eles, já que L tinha lhe contratado como chefe de segurança da casa. Quando eles saíram do aeroporto, o carro já estava pronto para levá-los até o local. A viagem durou mais uma hora, então quando eles entraram no condomínio o sol já estava nascendo.

Era um condomínio imenso, com várias fileiras de casas, parquinho para crianças, área para passeio com animais, campo de futebol, área para churrasco, academia e até mesmo um mercadinho. Light estava no banco do carona, observando tudo apesar de ainda estar parcialmente escuro. Era o típico lugar para onde as pessoas iam quando se cansavam do caos de suas vidas e decidiam viver em paz.

E pensar que Lawliet tinha feito aquilo por eles, lhe partia o coração.

- Ele... realmente comprou a companhia aérea? - O garoto questionou, de repente.

O agente Rester o encarou, com as mãos no volante.

- Sim, senhor. O aeroporto de Narita pertence a ele agora - Respondeu, voltando a olhar para a estrada - Este condomínio também é dele, assim como todas as propriedades adjacentes. Ele passou os últimos dois dias cuidando disso. Contratou uma equipe de segurança treinada pela CIA e conseguiu uma ordem de restrição que não permite que Watari chegue perto de vocês. Se ele ultrapassar o limite mínimo de distância, comete crime tipificado perante a lei e estará sujeito a pena de 3 meses a 2 anos de detenção.

No banco de trás, os meninos se entreolharam.

- Por isso ele não dormiu nos últimos dois dias - O Yagami suspirou, passando a mão pela testa. Céus, L...

Charlie se recostou no banco, olhando aquele lugar pela janela. Ele não entendia porquê L tinha feito aquilo tudo. Gastado tanto em tão pouco tempo... Parecia loucura demais para ser verdade.

Ao chegar na frente da casa certa, eles saíram do carro e olharam para aquela construção enorme. Não era uma mansão luxuosa com mil quartos. Era apenas uma casa grande e aconchegante, o tipo de casa viva na memória das pessoas durante jantares de Natal com a família inteira reunida. Eles passaram pelo quintal grande, a grama verde iluminada pelos primeiros raios de sol do dia. Então passaram pela varanda e abriram a porta, parando no corredor de entrada da casa.

Matt deixou as malas que segurava caírem no chão. Ele foi o primeiro a atravessar o corredor, indo direto até a sala para ver o quadro que estava pendurado no centro do cômodo. Era uma foto de três dias atrás, na ceia de Natal. A foto que a mãe de Light tinha tirado. O único registro existente de todos eles juntos. Emoldurado e pendurado ali, no meio da sala, podendo ser visto assim que se entra na casa.

Era a primeira coisa que qualquer um veria ao passar pela porta.

- Você pensou em tudo, não foi...? - O ruivo murmurou, olhando para a foto. Seu coração estava pesado.

Os outros pararam atrás dele, observando a foto também. Apesar do caos que tinha sido aquela véspera de Natal, L estava radiante naquela fotografia. Sorrindo. E tinha colocado justamente aquela foto, naquele ponto estratégico, pois era daquele jeito que ele queria ser lembrado pelos meninos.

Como Ryuzaki. Não como L.

Mello desviou o olhar para o outro corredor, e foi até lá, curioso. Haviam três portas. Duas na esquerda, e uma na direita. A primeira tinha uma plaquinha de madeira pendurada, com os nomes de Near e Mello.

- Gente - O loiro chamou, atraindo a atenção dos outros.

Ele pôs a mão na maçaneta, relutante, e abriu a porta. Ligou a luz do quarto e entrou, sendo seguido pelos outros. O cômodo era de baixa iluminação, pois a visão de Near era sensível a luzes fortes. As cores consistiam em vinho e preto, as favoritas de Mello. Tinham brinquedos por toda parte, brinquedos caros, daqueles que qualquer criança sonha em ter. Também tinha um frigobar ao lado da cama, cheio de barras de chocolate. Milka, a nova marca favorita de Mello.

The Wammy's House Boys - LawLightOnde histórias criam vida. Descubra agora