I'm Here Now

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Lawliet largou tudo sem pensar duas vezes ao ouvir a notícia de que Matt estava em estado grave no hospital Sarum Road. Ele instruiu a Força Tarefa a continuar investigando Mikami, enquanto a polícia se encarregava de encontrar Watari, e lhes disse que a partir daquele dia os ajudaria na investigação remotamente. Ele pegou o primeiro vôo para a Inglaterra com Light e Mello. Soichiro até tentou impedir o filho de ir, mas o garoto não lhe deu ouvidos. A pior parte daquilo tudo para Light foi lembrar que seu pai foi conivente com os atos de Watari, e isso foi o suficiente para que ele decidisse ir com L.

Se ele ficasse, não sabia do que seria capaz, não com a raiva que estava sentindo.

Eles pousaram em Winchester por volta das uma da manhã do dia seguinte. Lawliet não queria esperar, ele estava com pressa. Então, ignorando o horário, os três se enfiaram em um táxi sem nem se importar com quanto a corrida ia custar ou se eles iam conseguir entrar no hospital. Não importava, afinal não era como se regras se aplicassem a eles, de qualquer forma. A viagem durou uns trinta minutos, e L saiu correndo depois de pagar o motorista. Light nunca o tinha visto tão ansioso. Nem mesmo nas situações perturbadoras de anos atrás.

- Preciso ver um paciente - O detetive disse, assim que chegou ao balcão da recepção.

- Desculpe, senhor, o horário de visitas acabou às nove - A recepcionista avisou, o encarando.

- Escuta aqui, se não deixar a gente passar... - Mello se aproximou do balcão, pondo a mão na arma em sua cintura. Light segurou seu braço.

- Somos policiais - Declarou, tirando seu distintivo do bolso do sobretudo e o mostrando para a mulher - Nos deixe passar.

- O horário de visit-

- Sou o responsável legal de Mail Jeevas - Lawliet a cortou, a voz séria - Pode verificar no sistema pelo SSN dele. Pais ou responsáveis legais não tem restrição de horário de visita segundo o regulamento britânico.

A recepcionista coçou a nuca e digitou algo no computador, suspirando.

- Senhor... Lawliet? - Perguntou, ao verificar o nome do responsável no sistema.

- Isso.

Light e Mello se entreolharam. Então aquele era o nome verdadeiro dele?

- Certo, o senhor pode entrar - Ela cedeu, entregando o cartão de visita ao mais velho - Quanto a vocês dois, vou ter que pedir que aguardem até de manhã.

- Não, eles entram comigo - L contestou, rapidamente - Eu conheço o diretor desse hospital. Tenho certeza que ele vai nos deixar entrar, então por favor, resolva com ele. Vamos.

E saiu correndo para dentro do hospital. Os outros dois franziram o cenho, mas saíram correndo também logo em seguida. A recepcionista berrou alguma coisa, mas eles já estavam longe demais para ouvir. Os três se enfiaram dentro do elevador, e clicaram no botão do andar indicado no cartão. Quando as portas se fecharam, Mello olhou para o detetive.

- Quem diria, hein? Ryuzaki quebrando as regras - Comentou, debochado.

- De fato - O moreno assentiu - Nós não controlamos as circunstâncias, elas nos controlam.

- Que desculpa péssima, credo... - O loiro murmurou, prendendo metade do cabelo num coquinho. O cabelo dele tinha crescido bastante.

- Não acha que tá na hora de cortar esse cabelo não? - Light supôs, passando a mão pelos fios alheios.

- E você não acha que tá na hora de calar a sua boca não? - O mais novo retrucou, fazendo o japonês cutucar sua costela, o que gerou uma pequena briga de cutucão entre os dois.

The Wammy's House Boys - LawLightOnde histórias criam vida. Descubra agora