Wedding?

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3 semanas depois...

- Você chantageou ele - Near afirmou, encarando Lawliet.

- Tem razão - O detetive deu de ombros.

- Isso significa que o Yagami finalmente se deu bem? - Mello entrou na conversa.

- Ele já tinha se dado bem há um tempão - Matt comentou, se recostando no banco do carro - Por acaso eu passei na frente do quarto deles um dia desses, e por acaso eu ouv-

- Por favor, não - Charlie resmungou, de cara fechada e braços cruzados como sempre.

- Rá! - Near exclamou, apontando para o loiro - Ele disse "por favor" de novo!

- Eu te disse que ele tava aprendendo - O ruivo se vangloriou, passando o braço pelo pescoço do colega de quarto - Charlie só tem um jeito diferente de demonstrar gentileza.

- A propósito, como convenceu ele a vir também? - Mello questionou, encarando o melhor amigo - Usou o mesmo método que o Ryuzaki?

Light engasgou com a própria saliva.

- Eu até considerei a possibilidade, mas esse aqui não cede tão fácil - Matt respondeu, recebendo um olhar mortal do citado.

- Não me provoque - Charlie resmungou, em voz baixa, o que só fez o sorriso do garoto aumentar.

- É isso que você anda ensinando pra eles?! - Light chiou, encarando o detetive ao seu lado.

- Eu não ensinei nada - L negou, entretido com um pirulito colorido em sua boca - Eles deduzem e imitam, não é minha culpa se as habilidades dedutivas deles são tão boas.

O Yagami negou com a cabeça, suspirando.

Eles estavam no carro de Watari, a caminho do aeroporto. Era a manhã do dia 23 de dezembro, e os seis estavam indo para o Japão, mais especificamente para a casa de Light. E é claro que o garoto estava uma pilha de nervos. Não sabia como seus pais reagiriam àquele circo que ele chamava de amigos. Uma coisa era estar na instituição, onde 99% das pessoas eram estranhas. Outra coisa completamente diferente era voltar para seu país de origem, onde todos eram meio que tradicionais e... iguais. O diferente nunca foi muito bem aceito no Japão.

E ele achava que nunca seria.

Ele observou Matt com seu terceiro cigarro do dia e a cara emburrada e indiferente de Charlie. Depois olhou para Mello, com sua calça e blusa de couro, e aquele casaco extravagante de pele. E ao olhar pro chão do carro, que era praticamente uma limousine, viu Near sentado, brincando com alguns astronautas de brinquedo e seus foguetes. Céus, ele definitivamente não sabia como seus pais reagiriam. Ao seu lado, ele pôde ver Lawliet sentado daquele jeito esquisito de sempre, segurando a ponta do pirulito apenas com o indicador e o polegar.

Ele dizia que pessoas inteligentes não tocavam nas coisas mais do que o necessário por causa dos micróbios, o que era extremamente contraditório, considerando que ele estava sempre andando descalço por aí. "O chão também tem muitos microorganismos", Light tinha dito na ocasião. Mas a resposta do detetive foi que o chão não era tocado por mãos humanas, e era delas que ele tinha medo.

Light não sabia se ele estava se referindo apenas aos micróbios.

Ele ficou inquieto durante toda a viagem, desde o momento em que chegaram no aeroporto até o momento em que o avião decolou. Ele tentou relaxar, mas não conseguiu. Ficou pensando em mil soluções para as mil possibilidades de seus pais descobrirem que...

Ele fechou os olhos com força. Céus, até pensar naquilo era aterrorizante.

No avião, o assento ao seu lado estava vazio naquele momento, pois Lawliet tinha ido ao banheiro. Ao olhar para o lado, nos assentos da outra fileira, ele viu Mello e Near. Mello tinha perguntado algo sobre os novos brinquedos do namorado, e ouvia atentamente enquanto o garoto explicava sobre os astronautas e foguetes. O loiro sorria enquanto ouvia, dando toda atenção do mundo ao mais novo.

The Wammy's House Boys - LawLightOnde histórias criam vida. Descubra agora