Não fale com meu amigo

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Depois da aula cheguei em casa e tomei um banho, vesti uma roupa simples, finalizei meus cachos e fui comer alguma coisa.

A geladeira estava praticamente vazia então tive que ir no mercado, por sorte ele não fica longe do condomínio então fui e voltei rapidinho.

Quando cheguei na porta comecei a procurar minha chave , demorou uns dois minutos pra mim entrar e sem querer cair com tudo no chão.

A porra do tênis do Grego estava largado no meio da porta e eu não tinha visto.

Que merda! - resmunguei.

- Acho que deixou cair alguma coisa - ele disse com ironia.

O idiota além de fazer uma de suas gracinhas nem estendeu o braço pra me ajudar.

Eu queria esfregar a cara dele no chão mas preferi ignorar.

- Meu amigo vai vir aqui, se não for vagabundar até as três da manhã não saia do quarto.

- Não pode ficar trazendo pessoas pra cá. - ele disse sério.

- E isso se aplica as garotas que você trás pra cá de madrugada? - Olhei no fundo dos seus olhos castanhos e ele ficou sem respostas.

- Foi o que eu imaginei - virei as costas pra juntar as coisas jogadas no chão.

••••

Yan me ligou momentos depois, dizendo estar na porta.

- Meu pai amado, que casa perfeita - disse depois que entrou, me fazendo rir.

- Pode ficar a vontade; como eles falam nos filmes? Mi casa es tu casa? - meu sotaque espanhol é horrível.

Ele sorriu de maneira gentil, tirando seu casaco estiloso e seu all Star personalizado.

- Cara, eu nem imaginava que seu apartamento era enorme desse jeito.

- ah, é pra caber o ego e a arrogancia do Grego - Olhei em direção a ele que estava no sofá, e eu estava fazendo pipoca.

- Em falar nele, onde ele está? - Engoli em seco, conheço Yan a pouco tempo; mas é tempo o suficiente para saber que ele iria importunar o Grego pelo resto da noite, e é claro que o idiota retribuiria.

- Saiu eu acho.

- estava animado pra conhece lo.

- Aposto que sim - eu ri com escarnio - pega os baldes de pipoca na prateleira do canto, está quase pronto.

Termino de fazer a pipoca e despejo tudo nos baldes, a cozinha ficou com um cheiro maravilhoso de pipoca.

Fomos pra sala continuar assistindo a serie e a porta do quarto do Grego abre.

- Caralho que cheiro bom, desculpa manuzinho; estou cheio de fome. - ele estava sem camisa é claro.

Esse garoto não tem camisa não?

- A gente tinha um combinado, esqueceu?

- não sou muito de seguir regras manuzinho - ele disse parando ao meu lado. - Está com vergonha de expor nosso relacionamento amor? - A voz dele transmitia pura ironia e diversão.

- Você pode ir se fuder, por favor - minha voz quase saiu como um grito.

- mas isso eu queria fazer com você, sozinho não é tão divertido. - ele disse colocando no pote o restante de pipoca que ainda tinha sobrado da panela.

Não sei como esse garoto consegue comer tanto e ainda ficar com essa barriga definida.

Minhas bochechas queimaram pela segunda vez e o Grego se largou no outro sofá confortávelmente.

Eu Odeio Amar Você ( Romance Gay )Onde histórias criam vida. Descubra agora