Logo de manhã

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Não acordei cedo como de costume, já passava das dez da manhã quando acordei e ainda acordei de mau humor.

Talvez pelo fato do Grego estar me evitando a quase dois dias e ter sido grosso comigo varias vezes sem motivo nenhum.

Desde o dia em que eu resolvi ser mais legal com ele, o idiota começou a ser mais arrogante comigo. Começou a beber, começou a trazer varias garotas pra cá e ainda sou obrigado a ouvir seus gemidos até às três da manhã.

Engulo uma pílula calmante com um pouco de água, ignorando os óculos no criado mudo e indo em direção ao banheiro.

Fiz minhas higienes pessoais como de
Costume e vesti um shortinho e o camisão de dormir que era do Pedro.

Que se foda, não vou sair de casa mesmo, pra que gastar roupa atoa?

Fui ver o que tinha pra comer na cozinha e peguei um copo de leite e uns biscoitos.

Pouco tempo depois disso, a porta do Grego abriu e para minha surpresa uma garota Loira saiu de dentro ajustando sua saia no corpo curvilíneo.

Ela olhou pra mim enquanto ajustava os saltos meio sem graça.

-Ai merda. Quer dizer que ele não mora
sozinho?- ela pergunta.

- hm. Ele não te contou?

– Se ele falou eu não lembro – Ela disse – a propósito, Meu nome é Aisha - ela estendeu suas mãos em minha direção.

Apertei.

- Meu nome é Manuel

- Você é bonito, manuel - ela me elogiou e eu sorri meio tímido. Não sei reagir a elogios.

-Obrigado, senta aí. Quer Café? – digo puxando duas canecas do armário.

– não obrigada, eu ja estou indo embora. – ela colocou um mecha loira
atrás da orelha.

- Aposto que esteja de ressaca. Tenho aspirina ali.

– como sabe que estou de ressaca?

– e você não está?- arqueio as sobrancelhas.

-Hm. É. Estou.

Sorrio colocando o café na xícara.

-Um amigo meu sempre ficava melhor
depois que tomava isso.

-Sério?

-Claro que é. Só nunca testei –  brinco.  – Aqui! – coloco em sua mão.

Ela vira o remédio com uma golada.

-Obrigada mesmo. Minha ressaca piora
quando não trato assim que acordo.

-Você mereceu. Teve coragem o suficiente para dormir com o Gregório.

– Já falei pra não me chamar desse nome. – Sua voz grave me assusta.

Ele estava de boxer's com a cara sonolenta e o cabelo bagunçado.  Até com o cabelo bagunçado o idiota fica gostoso.

– Que seja. – disse

– Oi – ela o cumprimenta e ele apenas balança a cabeça e senta do seu lado.

Um silêncio constrangedor se forma, ele anda até o armario da cozinha e pega um comprimido, passa por mim e pega um copo de água. 

– Mais uma vez, obrigada pelo café.  – ela diz antes de sorrir de maneira gentil e sair.

Olho pra ele reprovando sua atitude

A garota parecia tão boazinha. Não sei como conseguiu dormir com esse odiota.

Coloquei em uma serie qualquer na televisão e fiquei assistindo. Ouvia os passos dele na cozinha, acho que ele bateu em alguma coisa, porque ouvi um Xingamento abafado.

Não olhe pra ele.

Voltei assistir a serie e ele sentou do meu lado no sofá, todo largado só de cueca.

– Você poderia ter a decencia de vestir uma roupa pelo o menos.

Ver ele do meu lado praticamente nu estava me deixando nervoso.

– eu estou com roupa – ele puxa o elastico da cueca boxer , que faz contato com a sua pele – E eu to em casa, posso andar do jeito que eu quiser.

– Você é mesmo um idiota. – O fuzilo com os olhos.

– está irritadinho?– ele arqueia as sobrancelhas.

Sim! Eu estou.

– claro que não. Mas você poderia ter respeito pelas pessoas quando se sentirem incomodadas, você não mora sozinho.

– Esta dando xilique só porque estou de cueca – A voz dele transmitia pura diversão.

– Incrivel como você acha que tudo é sobre voce. – tiro o short curto ficando apenas com a camisa de basquete do Pedro. – Estou falando sobre ter empatia idiota. Se você não quer colocar suas roupas então eu não preciso usar as minhas também.

– Tá muito estressadinho. Ta precisando foder. – Ele diz grosso.

– Minha vida sexual não diz respeito a você.  – Minha voz saiu meio falha.

– Que vida sexual?

Eu odeio esse garoto.

Sai daqui.

– Não

– Sai. Daqui.

– Ja disse que não vou sair, você não mora aqui sozinho, fico onde eu quiser.

Eu odeio esse idiota, não sei como consegue ser tão orgulhoso. E ainda fica me olhando desse jeito me desafiando.

O meu celular tocou quebrando nosso contato visual. Era o Pedro.

-Oi Pedro?

- Oi princesa - a voz familiar me faz sorrir.

-Vou desligar esse telefone se me chamar assim de novo - brinco.

- Manda um beijo pro namoradinho por mim – disse o Grego e eu mostro o dedo do meio pra ele.

Eu Odeio Amar Você ( Romance Gay )Onde histórias criam vida. Descubra agora