Temporada (JJK - PJM) ABO

A conquista

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O vento frio do outono era recorrente perante aquelas tropas. Ômegas cavalgavam ou andavam com sobretudos pesados, aquecendo-se perante o fim do frio, visto que seus alfas haviam ficado em Izen, com a função de proteger o reino e seus familiares, ou apenas não tinham um. A noite caía como um breu, tochas estavam acesas perante todas as tropas nas quais estavam presentes, iluminando o caminho em meio a escuridão.

O ruivo estava na frente, sua coroa reluzia mesmo que no escuro, evidenciando seu cargo de liderança. Ele suspirou fundo, inalando aquele ar gelado, seu cavalo havia parado e, junto a ele, todas as tropas que haviam vindo consigo.

—Algo errado? — Namjoon perguntou-lhe.

—Vamos acampar ali — Jimin apontou para o espaço enorme em meio às árvores — Precisam descansar, em breve chegaremos.

—MONTAREMOS O ACAMPAMENTO — Namjoon gritou para que todos ouvissem, seguindo o monarca até o espaço e descendo do cavalo logo em seguida.

—Ficarei de vigia — Jimin observou os soldados montarem o acampamento rapidamente — Vá descansar, general.

—Terei que negar sua ordem, vossa majestade — Namjoon puxou um punhado de panos, determinado a montar ele mesmo a barraca do ruivo — Seu marido me mataria se soubesse que eu o deixei fazer vigia sozinho. O rei precisa descansar, não se preocupe.

O ruivo bufou e desceu de seu cavalo, pegando o mesmo e o cavalo de Namjoon para os prender. Ele ajudou na montagem do acampamento e, após muita insistência do general, Jimin se recolheu em sua cabana e removeu cada parte de sua armadura pesada. A odiava com todas as forças e a havia colocado por causa da preocupação de seu marido, mas todos sabiam que ele lutava sem uma armadura. Sentia-se mais leve, mais rápido. Apenas a sua braçadeira era necessária em suas batalhas.

Aproveitou para limpar sua espada enquanto desfrutava de uma taça de vinho que um soldado havia lhe trago. Ele observava atentamente as palavras em latim cravadas no aço da lâmina e sorria terno, pensando em como seu eu de sua vida passada era corajoso. Nunca seria um terço do que ele significou ou representou para a resistência.

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"Jimin se levantou naquela manhã surpreso por ter sua Omma, ao invés de sua babá, o acordando, e ainda por cima no meio da madrugada, mas pensou que fosse aquele o segredo, então apenas se calou, vestindo-se com as roupas que ela lhe dera e a seguindo por entre as passagens do casarão, que davam direto aos túneis do acampamento que raramente ia. Sua mãe dizia que era perigoso, traidores podiam estar à espreita mesmo que a líder fosse pega. O futuro deveria permanecer em segredo daqueles que eram os membros mais importantes.

Jimin era um segredo.

Ele quase nunca era visto naquele acampamento, e quando era, muitas das crianças tentavam falar consigo ou até mesmo ver seu rosto, mas ele usava capuzes e máscaras, que cobriram a região de seus olhos, testa e bochechas, deixando seu nariz e sua boca de fora. Ele era muito bem escondido.

—Omma — ele a chamou — O que estamos fazendo aqui?

—Chegou a hora, querido — ela riu curto — Você tomará a liderança da resistência hoje.

—Como? — ele piscou atônito — Você disse que seria após meu aniversário de dezessete anos, ainda faltam semanas.

—Eu sei — ela virou para si com um sorriso calmo — Mas tem que ser hoje, não sei mais por quanto tempo conseguirei te manter debaixo de minhas asas.