As lágrimas de um elfo

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  Quando finalmente todos se reuniram no jardim Daniel e eu explicamos a situação, estávamos todos em pé.

  - A isso seria uma boa – Lenna concordou – como minha missão é proteger você eu irei sem hesitar. Luna e Brianna concordaram.

  - Mas Daniel onde fica esse tal reino dos elfos?

  - A para isso temos que passar pela floresta da vida.

  - Ok então vamos. Estávamos na estrada e na nossa frente havia um tipo de floresta - com grandes gramados, pinheiros, carvalhos, castanheiras, bananeiras, com folhas de diversos tipos de cor, verde, amarelo, vermelho, rosa, roxo - chegamos aqui em um dos carros de Lenna.

  Entramos em meio as árvores, estávamos seguindo um caminho de terra – em meio a grama – Daniel estava nos conduzindo ele era o nosso guia. Depois de uns dez minutos de caminha chegamos em um vilarejo com casas feitas de troncos de árvores e folhas como telhado, de diversos tamanhos – eu imaginei que elfos fossem do tamanho de brinquedos – andamos entre várias casas e não via ninguém parecia abandonado – chegamos em uma casa maior que todas as outras com algumas portas no primeiro e no segundo andar e com grandes folhas vermelhas – como telhado – eu olhei para os outros e todos estávamos usando o mesmo tipo de roupas brancas com sapatos brancos – eu estava usando meu velho par de all star preto, vermelho e azul, me sinto mais confortável - porém Luna fez seu próprio estilo – rasgou as mangas de sua camisa, colocou uma calça jeans preta e um par de botas brancas – Daniel abriu a porta feita de tronco, entramos. Havia um trono feito de folhas, algumas janelas redondas, algumas mesas e cadeiras de madeira e uma pessoa estava no trono – eu não tinha reparado pois estava usando uma roupa feita do mesmo tipo das folhas do trono – eu apertei os olhos e vi – um homem com uma franja laranja curta sobre os olhos azuis.

  - Boa tarde vossa majestade – Daniel falou se curvando.

  - Olá Daniel – o rei respondeu se levantando do trono – o que você quer?

  - O de sempre – Daniel se endireitou - tem alguma missão para nós? O rei caminhou andou até nós – ele estava olhando para min dos pés à cabeça – eu não gosto que fiquem me medindo, eu pensei brava.

  - Não se preocupe criança não estou te medindo. O que como ele sabe? Pensei aterrorizada.

  - Os elfos podem ler mentes criança. Eu olhei para Daniel que estava rindo baixinho.

  - Então chefe o que tem para nós, alguma missão?

  - Chefe? Eu perguntei.

  - Sim, esse tempo todo que você me viu saindo para trabalhar – ele deu uma piscadinha para min - foi para ele ou melhor para o reino dos elfos. Daniel estava com sua mala de violão presa nas costas – e eu não tinha reparado – fiquei pensando comigo mesma, será que eu realmente conheço meu irmão? Será que ele tem mais segredos? Não podia pensar naquilo agora pois me lembrei que o rei poderia ler minha mente.

  - Na verdade – o rei falou e colocou a mão no seu rosto – sua mão era branca com unhas pretas - estava com uma expressão de tristeza – eu queria lhe pedir um favor.

  - Claro majestade eu lhe ajudarei – Daniel fez uma reverencia e olhou para nós para que fizéssemos o mesmo – o que houve.

  - É que meu filho – começou a brotar lágrimas de seus olhos azuis – ele foi levado pela H.S.D.

  - O que é H.S.D? Eu perguntei – eu percebi só agora que Luna, Lenna e Brianna estavam paradas apenas observando a situação.

  - House Skate Demonic – ele passou a mão em sua franja laranja – A Casa Dos Skatistas Demoníacos. - Então você quer que a gente vá salva – ló? Daniel perguntou.

  - Sim – ele olhou para nós – e de recompensa eu darei isso – ele caminhou até seu trono e pegou uma caixa dourada. Nós o acompanhamos e ele abriu a caixa. Dentro da caixa havia cinco colares com correntes pratas com uma esmeralda grande e redonda presa.

  - Colares com uma joia? Eu perguntei - Não são apenas colares – ele o colocou em volta do pescoço e de repente desapareceu – são colares da invisibilidade.

  - OHHH – eu preciso de um desses – sempre quis ficar invisível. O rei tirou o colar do pescoço e o colocou de volta na caixa. O rei colocou a caixa do lado do trono de folhas e começou a chorar.

  - O que foi majestade? Eu perguntei.

  - Por favor me chame de Leo – ele sentou no seu trono de folhas e continuou – a H.S.D destruiu meu vilarejo matou meus cidadãos, minha esposa, minha irmã. Eu pensei se ele não iria cair daquele trono feito apenas de folhas.

  - Não irei cair pois são feitos de folhas e de partes de árvores – Leo franziu a testa para min e continuou – eles mataram meus cidadãos e alguns sobreviventes fugiram pela floresta.

  - Eles realmente são um problema – Daniel falou colocando a mão no ombro de Leo que estava com o rosto enterrado nas mãos – iremos cuidar deles para você. Leo olhou para nós e deu um sorriso, ele levantou e pegou a caixa e retirou s colares e entrou para nós.

  - Peguem vocês vão precisar. - Obrigado. Eu agradeci. - A localização deles fica no subterrâneo do cemitério das almas condenadas.

  - Subterrâneo – eu perguntei – como iremos entrar?

  - Vocês precisam fazer um pentagrama no chão em meio as lapides e colocar um pingo do sangue de cada um de vocês – ele enxugou as lágrimas – assim abrirá a passagem para o subterrâneo, e só poderão abrir a passagem quando estiver de noite.

  - Como você sabe tanto sobre eles? Eu deixei as palavras escaparem.

  - Eu andei observando eles sabem.

  - A sim entendo. Eu respondi aliviada. Nós saímos do reino dos elfos e nos encaminhamos até a estrada.

  - Lenna você não falou nada.

  - Eu não tinha nada para falar sabe.

  - Entendo.

  - Luna e Brianna também não falaram nada porque. Luna me olhou e franziu a testa.

  - Falar para que se tem você? Luna respondeu

  - A sua ....

  - Sua o que – Brianna me interrompeu.

  - Deixa para lá. Chegamos a estrada depois de dez minutos de caminhada, o carro de Lenna ainda estava lá, uma limusine branca e dourada. Finalmente chegamos depois de algumas horas de estrada e trânsito.

  Estávamos diante da floresta negra – já estava noite e a lua estava no céu brilhando. Andamos em meio as árvores e chegamos no cemitério das almas condenadas, paramos em meio as lapides – só de pensar que havia gente morta naquele lugar me arrepios. Estávamos armados – Lenna com suas katanas, Brianna estava com algumas adagas explosivas, Lenna com uma espada elemental cujo o elemento era gelo, eu estava com um arco e flechas e uma espada elemental de fogo, Daniel com sua espada – estávamos prontos para nossa missão. Daniel fez o pentagrama no solo negro e todos fizemos um corte no dedo, o sangue de todos foram incrementados no pentagrama – ele emitiu uma luz vermelha e o chão negro começou a tremer sobre nossos pés, de repente o chão na nossa frente começou a descer fazendo com que uma passagem subterrânea aparecesse, todos nós entre olhamos e andamos em direção a passagem. Depois de alguns minutos de caminhada, paramos na frente de uma casa feita de blocos cinza com uma porta dourada – a maçaneta era um mini skate dourado – havia uma grande placa vermelha e dourada, nela estava escrito. H.S.D.

Livro 1 - A caçadora de almas - Trilogia ( Os caçadores ).Where stories live. Discover now