010

519 32 18
                                    

Lara Bianchi.

Quarta feira

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quarta feira.,Rio de Janeiro.

Nesse exato momento eu estou sentada em um restaurante perto do meu apartamento,estou esperando a minha mãe.

Ontem foi incrivelmente incrível,eu estava com um pouco de dor de cabeça por conta de ontem mas bom,meio que é minha "obrigação" vir.

Sinto alguém encostar no meu ombro e eu rapidamente olho para trás.

Era ela,uma mulher com os cabelos castanhos,olho claro e com uma aparência triste.

- Filha. - Diz com os olhos cheios de lágrimas e logo se aproxima pra senta na cadeira da mesa.

- Oi Maria. - Falo sem muita animação.

- Eu tenho tanta coisa pra falar. - Fala em meio as lágrimas que já corriam pelo seu rosto.

- Pode começar,simplesmente esquecer que eu existo de uma hora pra outra tem que ter uma ótima justificativa mesmo. - Do uma risada irônica.

- Não foi bem assim. - Diz.

- Não foi bem assim? Você simplesmente cagou pra mim enquanto eu tava naquela porra de casa. - Falo sem muita paciência.

- Para filha,mas por que você não me procurou? - Fala.

- Te procurar? É sério isso? - Falo indignada.

Era óbvio que isso tudo ia gerar uma briga,nesse momento eu só queria ficar em casa e chorar tudo que eu podia e não estar aqui de frente com a pessoa que dizia que me amava sendo que me abandonou quando eu mais precisei.

- O seu pai me abandonou logo que você foi embora,eu esperei você por todos esses anos. - Fala chorando.

- Não fala que ele é meu pai e eu nem sei se você é a minha mãe. Que mãe e que pai faz o que vocês fizeram? - Falo.

- Não seja injusta,nós demos casa e comida pra você. - Me olha com um olhar triste.

- Não seja injusta? Vou te explicar tudo o que tua "filha" - Faço aspas com as mãos. - Passou por todos esses anos. - Falo e ela me olha atenta.

- Depois que eu fui embora eu busquei a merda do amor que vocês. - Aponto para ela. - Que eram os meus pais,não em deram. Eu namorei com um homem incrível no começo,mas ele começou a me trair,toda vez e eu sempre perdoava,sabe por que? Por que eu achei que ele me dava o amor que eu não tinha quando era criança,mas então eu perdoava todas as traições dele e até que decidimos morar juntos,ele começou a beber e a me bater até que um dia ele abusou de mim e eu fiquei grávida,meu grande sonho no meu maior pesadelo. - Falo e sinto que estava prestes a chorar. - Um dia ele chegou bêbado e me bateu muito e eu perdi meu filho,o meu bebezinho com 4 meses foi morto pelo próprio pai. Ele matou o bebezinho que estava dentro da minha barriga. - Falo e coloco a mão na minha barriga.

𝐷𝑖e 𝐹𝑜𝑟 𝑌𝑜𝑢 - Charles Leclerc Onde histórias criam vida. Descubra agora