Dressrosa (Parte 1)

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Sim, agora é toda terça-feira que vou postar. Segunda é muito em cima da hora pra mim, já que gosto de postar um capítulo tendo acabado de escrever outro.

Boa leitura!

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 Estudava de longe o pequeno ser humano sentado sobre o tapete da cozinha. Ele também o observava e reagia a algo minimamente interessante e novo acontecer. Quando o navio balançava forte demais, ele caía deitado e, mesmo com isso, não chorava, porém, soltava resmungos irritados. Esse pequeno ser vivo era facilmente morto por qualquer coisa mal intencionada, pois possivelmente riria da faca que seria usada para matá-lo.

Às vezes, rir de algo que vai te matar seria o que te consideraria assustador, mas não nesse caso.

O fato de Law pensar nessas coisas enquanto olhava um bebê de quase cinco meses, poderia ser cômico caso não fosse o caso de que também teria um em apenas seis meses. Temia aproximar-se e fosse como uma bomba explodindo.

Ambos encaravam um ao outro, brincando de quem pisca primeiro, Trafalgar perdeu o jogo quando Luffy entrou abrindo a porta da cozinha com tudo. Nem lembrava de ter prendido a respiração, só sabe que ar não estava entrando pelas narinas no momento de concentração com o bebê.

Passando os panos no prato enquanto às vezes olhava o bebê, Sanji virou a cabeça às pressas para Nikolai com medo do mesmo assustar e começar a chorar. Por sorte, não foi o que ocorreu, ele foi pego no colo antes de ter alguma reação.

Segurou Nikolai por debaixo das axilas e o levava para cima e para baixo usando a força dos braços, a reação que recebia eram risadas divertidas. Luffy com certeza era alguém que se dava muito bem com todo mundo, mas crianças simplesmente o amavam como um irmão mais velho ou da mesma idade que si.

A insegurança aparece a partir do momento que o namorado provavelmente estava despertando algum tipo de instinto, já Law, tinha medo de chegar perto de pessoas com menos de catorze anos. Tentava fugir a todo custo de qualquer criança ou bebê que se aproximava. Luffy fez vinte anos há pouco tempo, Law fez vinte e sete faz meses.

Os lábios tremeram, ele os segurou mordendo o inferior, não era momento para aquilo. Luffy se dando tão bem em olhar o pequeno o deu inveja e medo. Isso fazia o peito apertar.

Percebendo o olhar, esticou Nikolai de forma desengonçada em sua direção e perguntou:

— Quer segurar ele também?

— Luffy, pelo amor de Deus... — Sanji deixou tudo de lado e foi tirar o bebê das mãos do capitão.

— Qual é? Ele nem estava quase caindo dessa vez.

Revirou os olhos com vontade e os voltou para Law:

— Mas se quiser segurar ele, tudo bem, Tral.

Antes de pensar em negar a oferta, a porta abriu com tudo de novo. O espadachim que entrou rapidamente pegou o filho no colo e fingiu morder as bochechas fofinhas. Um grito de descontentamento ressoou pela cozinha.

— Não irrita o menino! — o loiro reclamou.

— Vou fazer isso sempre quando for o meu! Ele que me espere! — Luffy mencionou animado como sempre.

Isso foi o bastante para Trafalgar Law sair correndo do local.

Pensava na naturalidade que ele reagiu quando descobriu a notícia, diferente dele mesmo, que surtou durante horas. Queria alguém surtando contigo, quem sabe assim sentiria menos que poderia ser um pai bosta e, talvez, pensasse nessa sensação de estranheza ser comum.

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