Dever

Passeio pelo East Blue (Parte 1)

Olá! Prometi que não iria esquecer de postar toda semana, e aqui estou eu de novo. Acabade, mas estou kkkkkk. (final de último ano é um inferno).

Boa leitura!

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 Passar no Baratie, segundo Sanji, foi a melhor coisa que poderiam ter feito. Esse pensamento, porém, não durou muito tempo após começar a bater o arrependimento de ficar longe das crianças. As olheiras debaixo de seus olhos discordaram dessa mudança de ideia. Nove meses sem ter dias de sossego de duas crianças pequenas, aparentemente, podiam acabar com uma pessoa e ainda deixá-la com ansiedade quando o tempo de descanso chegava. Poucas horas foram necessárias longe do restaurante para ele precisar do ombro do esposo.

Trafalgar ainda observava a situação com estranheza, afinal, eles estavam com o avô. Estavam sem motivos aparentes para tanta preocupação. A marinha estava mais preocupada com Luffy agora. Ficaria mais do que tranquilo em deixar seus filhos com Corazón quanto tempo precisasse.

A ilha à vista o fez mudar de ideia em um piscar de olhos. Não sabiam exatamente o tempo que levaria para voltarem ao Baratie. Sanji poderia perder marcos de ambos durante esse tempo.

Com terra à vista, a agitação de todos aumentou. Primeiro lugar a visitarem: Vila Syrup; onde Usopp nasceu, cresceu e viveu durante os primeiros dezessete anos de sua vida. Os repórteres não perceberam a ausência de alguém até o momento, a morte de Usopp não foi noticiada. Então, significava que eles mesmos precisaram fazer isso. Começando por aquele lugar.

Ancoraram e desceram na ilha. O que percebeu de primeira olhando melhor a vila foi o palácio afastado das casinhas. Recordou de Luffy falando de como a casa da pessoa que visitariam era enorme e a quantidade de comida que os deixaram pegar.

O palácio estava realmente bem afastado da entrada da vila.

Law suspirou profundamente.

Ele, Luffy, Zoro e Nami foram os únicos a descer para ir até a mansão. Juntar todos para isso seria desnecessário.

Assim que o navio ancorou, Kaya já estava na entrada os esperando acompanhada de três garotos, que deviam ter, no máximo, doze anos. Os sorrisos grandes no rosto permaneceram até chegarem perto o bastante. As pupilas da mulher percorreram cada um, procurando algo até encontrar o estilingue segurado por Luffy. Os lábios ficaram retos aos poucos. O brilho no olhar dela foi diminuindo até desaparecer.

O sorriso simpático de Luffy disfarçou minimamente a situação, mas não demorou muito para as crianças perguntarem onde estava o antigo companheiro. Demorando para responder, Kaya assumiu a dianteira e perguntou por último. A resposta do capitão foi entregar a arma e desculpar-se. A mulher os chamou para entrar, entendendo o recado, deixando os garotos para fora. Queria saber de tudo primeiro.

Sentaram no sofá da sala de frente à poltrona onde ela mesma sentou. Nenhum detalhe foi poupado explicando como as coisas chegaram a esse ponto. Enquanto ouvia, Kaya observava melhor a arma sobre seu colo em completo silêncio. No final, nenhuma lágrima saiu de seus olhos.

Diferente dela, Nami dava seu máximo para não desabar enquanto ouvia. A boca da jovem soltou o ar durante as encaradas em busca de uma resposta por parte dela.

— Posso parecer insensível por não chorar, mas a morte dos meus pais serviu para eu fazer apenas isso o tempo todo. Cansei e, sinceramente, mesmo que o Usopp tenha morrido, ele cumpriu seu objetivo da maneira mais honrada possível. Estou orgulhosa.

Piscou vezes seguidas, sem reação alguma. Definitivamente, não é assim que Law se sentiria caso Luffy morresse logo depois de conseguir o que quis a vida inteira. Ele gritaria de raiva de quem o matou; bateria os punhos no chão de ódio por Luffy não ter sido forte o bastante para continuar em vida; gritaria pela dor de perder o amor de sua vida; esbravejaria por mais uma pessoa importante morrer e ele não poder fazer algo; mataria lentamente a pessoa que ousou encostar em Luffy. Kaya era uma pessoa bem mais otimista que Law.