Gran Tesoro (Parte 2)

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Atrasei um pouco mas aqui estou, postando continuação para amolecer o coração de vocês.

Boa leitura!

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 A porta do quarto abriu e fechou lentamente. Sabia quem foi que entrou, e isso não lhe deu vontade alguma de olhar. Puxou mais o cobertor para tampar o rosto e se ajeitou mais no canto da cama. Alguns resquícios de lágrimas ainda restavam no rosto acompanhado dos olhos avermelhados.

Não ouviu mais nada depois que Luffy entrou, nem o sentiu sentando na cama. Pensou por um momento que ele saiu para pedir outro quarto à Nami. Juntou mais as pernas e as colocou em frente a barriga, abraçou mais forte o travesseiro fofo do hotel.

A mente estava em branco e a cabeça doendo, cansado demais para pensar em qualquer coisa. A situação toda tirou todas as energias restantes que a gravidez deixava sobrando. Imaginava os piores cenários caso fosse deixado muito tempo de cabeça vazia.

— Law, olha aqui para mim.

A voz repentina fez Law dar um pequeno pulo, porém, não chegou a se mexer mais que isso. Não estava disposto a, sequer, sentar na cama. Ficou em silêncio absoluto.

— Law, por favor.

A resposta foi apenas um "não" baixo. Mas Luffy insistiu de novo:

— Tral, por favorzinho.

Começou a ficar irritante a insistência.

— Traaaaal. — Choramingou enquanto chamava.

Sentou na cama jogando a coberta para longe, abrindo os olhos e se deparando com a cena que fez o coração errar uma batida. Luffy estava com um dos joelhos no chão, sobrancelhas franzidas para cima acompanhado de lábios para baixo e uma caixinha com aliança de noivado com uma pedra de topázio combinando com o anel prateado. Simplesmente a última coisa que esperava ver no momento.

— Law, aceita casar comigo e desculpar o que eu falei?

Temeu não estar vendo e, muito menos, ouvindo corretamente. Duvidou aquilo ser real. Encarava estático a cena, o sangue pareceu ter fugido do rosto.

Nem sabia como reagir àquilo.

— Me diz que está brincando, Luffy... Por favor, me diz que é uma piada...

— Eu nunca brincaria com isso! Quero que você me desculpe e case comigo.

Foi esse mesmo homem que deixou colocar uma criança dentro de si; um homem tão imprevisível e estranho. O objetivo era acalmá-lo com o pedido de casamento e fazer com que o pedido de desculpas ocorresse bem graças a isso. Fazia sentido caso o contexto fosse outro e o presente também, já agora, é apenas burrice.

— Quanto você pagou nisso? — ainda não tinha a capacidade de fazer mais do que deixar palavras saírem.

— Toda a minha mesada e mais um pouco que a Nami me emprestou.

— Ela tinha consciência do que você faria?

— Não, falei que era para comprar mais comida.

Jogou o restante do pano por cima de si para o lado e saiu da cama. Andou a passos lentos até Luffy. Fechou a caixinha e, em um movimento ágil, usou sua habilidade para esconder ela e trocá-la por um bombom.

O outro abriu bem as pálpebras e a boca em espanto, tanto que levantou virando a cabeça para os lados.

— Cadê?

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