Capítulo 17- Zephyr

72 3 0
                                    


- Não acredito no que eu fiz! Estou literalmente me sentindo a Rapunzel ao descer da torre com o Flyn Rider.

- Outro desenho que preciso ver com você, suponho? – Perguntei rindo de sua empolgação.

- Pode apostar esse seu tanquinho lindo. Você vai assistir enrolados comigo. Eu não acredito no que eu fiz!

- Você foi incrível. Eu nunca pensei que seria tão fácil.

- Nem eu! Espera, como assim? O que você esperava do jantar com seus pais?

- Talvez minha mãe gritando com você, e você a agredindo.

- Você andou assistindo aquela novela das Índias de novo Zephyr? Está bebendo licor escondido? Em que universo você pensou que eu iria agredir sua mãe? – Pergunta ela com indignação na voz e na postura rígida.

- Eu não sei, estava preocupado dado o tempo que demorou para eles aceitarem vir em nossa casa, e o tempo que você levou preparando tudo. Temia que ficasse tão frustrada que perdesse a calma e recorresse a agressão física.

- Eu nunca agrediria sua mãe ou qualquer pessoa.

- Bom, agora eu sei.

- Inacreditável, estamos casados há quase quatro meses e você achou mesmo que eu fosse capaz de agredir outra pessoa?!

- Calma amor, que bom que eu estava enganado.

- Vamos falar do fato de o assunto "jardim da casa nupcial" e "bebes" não terem sido mencionados? Eu estava com medo disso.

- Eu também estou aliviado por ter sido deixado de lado. Eles se sentiram valorizados ao falar sobre as respectivas áreas de trabalho com você. Você os deixou realmente contentes por estar preparada para abordar tópicos tão teóricos de forma simples de entender.

- Percebi seus olhinhos brilhando ao os ouvir falando de suas paixões.

- Foi muito esclarecedor ver como eles são dedicados às suas funções. Meio que fez valer a pena ser criado longe.

- Queria te agradecer por ser o alívio cômico em alguns momentos, e por não deixar a peteca cair.

- Peteca?

- É uma forma de dizer que você não deixou a situação ter silêncios constrangedores. E foi tão gentil em exaltar meus pontos fortes. Obrigada de verdade.

- Eu queria que eles vissem como eu tive sorte em ter sido pareado com você meu amor.

- Zephyr, pare já com isso. Eu já pretendo te dar a porta de trás, não precisa mais me bajular.

Ambos rimos bastante, e eu a puxei para meus braços finalmente a beijando como eu quis durante toda a noite.

***

Elara

Depois da visita dos meus sogros, fui convidada pelo conselho da cidade a ajudar com ideias para um evento sociocultural. Zephyr disse que sua mãe e minhas amigas tinham sugerido minha presença e auxílio levando em conta como meu planeta é mais social do que o deles.

Pensando nisso e extremamente nervosa, escolhi me arrumar com o melhor critério possível. Coloquei um dos meus tops frente única e uma calcinha asa delta, ambos do meu tom de pele. Eu os usava tanto ultimamente que a modista vivia os confeccionando para mim. Ela havia sugerido uma espécie de biotecido, mas eu preferia ter que lavar e repor minhas roupas íntimas quando se desgastassem do que pensar em um organismo vivo em contato com a minha pele, independente de seus benefícios. Esse ainda era um limite rígido para mim.

Doce encontroOnde histórias criam vida. Descubra agora