the gala

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LANDO NORRIS

O baile de gala da McLaren era o evento mais esperado do fim da temporada. Precisava de uma organização enorme e a equipe toda vivia no limite pra fazer isso acontecer, considerando que essa festa era planejada enquanto ainda estávamos em temporada regular.

Mas, como sempre, tudo parecia impecável.

Chegar com Harriet com certeza causou um pequeno alvoroço nos fotógrafos. Tomei a liberdade de descansar uma das mãos na cintura dela, tentando parecer respeitoso e demonstrar uma relação próxima, porém não tão íntima, com a minha relações públicas.

Os flashes nos bombardearam em todos os momentos e uma parte de mim ficou feliz por saber que teríamos registros bonitos desse momento no futuro. E como ela estava linda. Aquele vestido vermelho diabolicamente enfatizava cada curva, cada pedaço do corpo dela que eu nunca me cansaria de beijar.

Harriet era minha criptonita favorita, a que eu chegava perto justamente por saber que ia me tirar completamente do sério.

Assim que vencemos os fotógrafos e entramos no salão, notei como estava bonito e bem decorado. As flores eram em tons de laranja e branco para enfatizar a marca McLaren, obviamente, mas haviam detalhes em dourado e preto, deixando tudo muito delicado e elegante.

Próximos a nossa mesa, vejo Carlos Sainz e Charles Leclerc que estava acompanhado do irmão Arthur e uma moça loira muito bonita que não tirava os olhos do piloto da Ferrari.

Harriet foi cumprimentar algumas pessoas quando eu fui interceptado no meio do caminho por Pepo.

— Vejo que fizeram uma entrada impactante — o espanhol pontua e ergue as sobrancelhas pra mim.

— Como não ser se ela veio vestida desse jeito? — dou de ombros.

A essa altura eu já sabia que Pepo tinha noção do que estava acontecendo entre a gente. Ele e Harriet tinham uma relação muito próxima, mas não acho que ela tenha dito pra ele com todas as letras o que andamos fazendo nas últimas semanas.

No entanto, de algum jeito, ele sabia.

— Sei que está tentando soar casual, Lando — ele começa. — Mas quero te fazer uma pergunta sobre isso.

Engulo seco.

— O que está rolando entre você e a Harriet? — Pepo sorri para algumas pessoas que passam por nós e mantém a expressão inabalável, como se estívessemos discutindo o próximo jogo de pneus que vamos usar em uma corrida.

Pacífico e bem articulado.

— Pepo, nós... — Começo dizendo mas segundos depois ele parece mudar de ideia sobre a pergunta.

Ele levanta uma das mãos, me interrompendo.

— Pensando bem, melhor não me dizer nada, quanto menos pessoas souberem melhor — Pepo age daquele jeito quando sabe exatamente a resposta para o que está perguntando. — Mas se você me permite te dar um conselho...

Normalmente quando Pepo me oferece um conselho gratuito isso só quer dizer que ele está pronto pra me dar um sermão.

Sinto minha espinha toda gelar e concordo com um aceno de cabeça.

— Só se controle — ele diz em um tom neutro. — Isso pra você não vale nada mas pra ela pode valer absolutamente tudo.

As palavras dele doem.

Doem principalmente por que dá pra ver nos olhos dele que Pepo acredita que eu esteja fazendo isso por pura diversão e não por que estou tão apaixonado por ela que faz o meu corpo todo doer.

treacherous | lando norrisOnde histórias criam vida. Descubra agora