the hotel room

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Atenção: este capítulo contém descrição de sexo explícito. Se esse tema é sensível pra você, não terá prejuízo de conteúdo pular para o próximo capítulo.



HARRIET SPENCER

O primeiro registro mental que fiz da situação era que ele tinha um gosto doce que tinha potencial pra ser viciante.

A boca de Lando mergulhou na minha assim que ele avançou na minha direção e a sua língua pedia um espaço com certa inquietação. Fui pega de surpresa com o beijo e o meu cérebro não estava processando direito a situação como um todo, mas tudo que eu sabia é que era bom e que eu não queria que acabasse.

Dei espaço para a língua dele enquanto eu o beijava de volta e foi como sentir a tensão entre nós aumentar.

Deixei ele levar as mãos ao meu pescoço e emaranhar os dedos no meu cabelo, fazendo a minha pele formigar com o contato. A chave que eu tanto procurei caiu da minha mão junto com a bolsa, esparramando no chão o que quer que estivesse dentro.

Permiti que ele me pressionasse contra a porta e eu pudesse sentir cada músculo dele contra o meu corpo. Quase como em um reflexo, puxei a camisa social que ele usava, tentando reduzir ainda mais o espaço entre nós.

O seu perfume cítrico parecia combinar exatamente com a situação e eu sentia um arrepio cada vez que ele puxava de leve o meu cabelo para aprofundar ainda mais o beijo. Eu estava completamente entregue e não oferecia resistência alguma às investidas dele.

Lando Norris estava me beijando e isso parecia tão certo.

Até não parecer mais.

— Lando — digo de forma entrecortada, soltando a sua camisa e colocando as palmas das mãos no seu peito, tentando fazer com que ele se afastasse antes dele capturar meu lábio novamente e dar uma leve mordida que fez os pelos do meu corpo se arrepiarem.

Estávamos tão perto que se alguém aparecesse no corredor seria impossível negar o que aconteceu e isso começou a me dar um leve pânico. Como se o encanto do momento tivesse sido quebrado pelo simples pensamento sobre o meu chefe em uma sala de reuniões com um pedido de demissão no meu nome.

Tudo isso estava me causando um embate interno. Metade de mim estava nem aí, só queria a maldita boca dele na minha e a outra metade, pensando racionalmente, achando essa situação uma completa loucura.

Como uma coisa proibida poderia ser tão irresistível? Como os lábios dele nos meus pareciam tão certos e tão deliciosos ao toque?

Eu não devia querer mais dele, mas meu corpo parecia implorar por mais cada vez que os seus dedos alisavam minhas costas devagar, enquanto ele respirava fundo próximo do meu rosto.

Os seus olhos me observavam com cuidado e sei que ele notou que também fiquei ofegante.

O tempo parecia ter parado só pra que a gente se beijasse e estávamos orbitando um ao outro, por que nenhum de nós dois se afastou, mesmo com a perda do contato.

Os olhos dele pareciam mais escuros, sua boca estava um pouco vermelha e entreaberta. A camisa com certeza estava amassada onde puxei momentos antes e, mesmo sem ter um espelho, eu podia imaginar como eu estava.

Com o cabelo bagunçado onde uma das mãos dele estava, os lábios já sentindo falta dos dele e sem conseguir desviar o olhar que devia refletir minha preocupação e também o meu desejo.

O meu corpo inteiro formigava.

No instante seguinte, o sino característico do elevador chegando ao andar e o ranger das portas se abrindo foi o que nos tirou do transe. Lando deu dois passos pra trás de forma automática, se encostando na parede oposta à da porta do meu quarto e eu me abaixei para pegar os pertences que tinham caído da bolsa há alguns minutos atrás, junto com as chaves.

treacherous | lando norrisOnde histórias criam vida. Descubra agora