Um Ômega Para o Duque (Duologia Meu Destino - Livro 01)

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De certa forma a carruagem do Duque era confortável, quer dizer a carruagem do Duque e do Duque Ômega era muito confortável. Ainda era desconfortável para o ômega pensar que agora era um Evans, O peso da nova identidade, "Duque Ômega Evans", era quase insuportável. Como se adaptar a um título que soava tão estranho, tão distante de sua própria essência? Como conciliar a "simplicidade" de sua vida anterior com a grandiosidade que agora o cercava?

Henry, por outro lado observava a paisagem pela janela, seus pensamentos perdidos em um turbilhão de emoções. Apenas algumas semanas atrás tudo erra diferente, agora sua vida seguia um rumo completamente diferente. Um simples passeio no jardim o havia levado a um encontro inesperado com Archi, o que culminou em um casamento apressado e um futuro incerto.

A carruagem seguia em direção à Escócia, o lar ancestral dos Evans. Henry, apesar da opulência que o cercava, sentia um aperto no coração. A viagem o afastava cada vez mais do Londres no verão e de uma vida que antes era certa e agora é inesperada.

Ao longo do caminho, a paisagem se transformava em um caleidoscópio de cores e texturas. Campos verdejantes se estendiam até o horizonte, salpicados por casinhas de pedra e rebanhos de ovelhas. Florestas densas se erguiam como catedrais naturais, seus galhos frondosos entrelaçados em um teto verdejante. Rios cristalinos serpenteavam pelo vale, refletindo a luz do sol em seus espelhos límpidos.

Em cada parada, a carruagem era cercada por uma multidão curiosa. Henry, com sua postura altiva e olhar penetrante, era recebido com aclamações e reverências. Archi, por sua vez, conquistava os corações com seu sorriso tímido e gentileza contagiante.

A cada dia que passava, Henry se sentia cada vez mais distante de sua antiga vida. A opulência da realeza o sufocava, o protocolo o aprisionava. Ele ansiava pela liberdade da floresta, pela simplicidade da vida campestre, pela companhia de Archi sem os olhares atentos da corte.

Ao entardecer, quando a carruagem parava em uma pousada aconchegante, Archi aproveitava para caminhar pelos arredores. Observava as crianças brincando nas ruas de paralelepípedos, os comerciantes vendendo seus produtos frescos nas barracas, os casais passeando de mãos dadas sob a luz suave das lanternas.

Em cada cena, o ômega via um reflexo da vida que poderia ter tido, se as circunstâncias o tivessem guiado por um caminho diferente. A cada passo, ele se questionava sobre o futuro que o aguardava ao chegar à Escócia. Seria capaz de se adaptar à vida de Duque? Conseguiria conciliar a aprender novas coisas e cumprir a promessa que fez a George de minimamente tentar?

A carruagem seguia em frente, levando Archi cada vez mais longe de sua antiga vida. A cada dia, ele se aproximava sua pressão, nem mesmo a bela visão das crianças lhe acalmava.

Desde sua partida ele e seu marido evitaram se falar, já era desagradável o suficiente para ambos a companhia um do outro. E o pior, ainda não tinham consumado seu matrimônio ainda, chegará a ser triste pensar que um dia teriam que fazê-lo, era de lhe dar lágrimas pensar que teria que se entregar ao alfa.

Quando voltou para a pousada, acompanhado de seu novo servo seu marido já lhe esperava para que comessem juntos, era algo que ele sempre esperava para que fizessem, mesmo quando Archi estava de mal humor o alfa fazia questão de fazerem suas refeições juntos, como se quisesse se aproximar. A refeição, outrora planejada como um momento romântico durante sua lua de mel, se transformava em um ritual forçado, carregado de tensão e ressentimento.

Mas sabia o ômega que na verdade Evans estava preso, a Rainha Tania ordenou que ele fosse cortes e ao mesmo fizesse as refeições com o ômega, o Duque sabia que um dos servos que vieram juntos de reportavam a ela, então cumpria o que a Rainha lhe mandará. Mesmo assim não trocava palavras com Archi, era sempre refeições silenciosas e desconfortáveis na maioria das vezes.