Um Ômega Para o Duque (Duologia Meu Destino - Livro 01)

06

Os aposentos na residência de George encontravam-se serenos, os serviçais já haviam se retirado. O final de semana se aproximava e ainda restavam tarefas por concluir, incluindo a arrumação das vestes do Lorde George, uma incumbência que não era do agrado de Cameron, mas que, mesmo assim, demandava realização.

Archi já repousava há algum tempo, após uma noite assolada por pesadelos; felizmente, agora desfrutava de tranquilidade. Enquanto Cameron organizava meticulosamente as vestimentas em seus devidos lugares, George adentrou o quarto. Inicialmente, o ômega não percebeu sua presença, permitindo que o alfa o observasse em silêncio.

Quando percebeu a presença do alfa quando se virou, não tardou em se assustar, foi uma aproximação repentina demais a do alfa, que sorria encostado na parede.

- Sobre o que estás olhando tão fixamente? - inquiriu o ômega, brindando-o com um sorriso.

- Contemplo vossa beleza - replicou o alfa.

O rubor foi perceptível no mesmo momento em seu rosto.

- Não sou tão belo assim.

- Se olhe no espelho mais vezes ômega – o alfa se aproximou e tocou no rosto meio pálido de Cameron – es a coisa mais linda que já vi em toda a minha vida. O mais doce e gentil ômega que eu poderia querer perto de mim e de meu irmão – discursou calmamente – me fala um favor?

Cameron apenas concordou, e observou enquanto o alfa se afastava até a caixinha de música que tinha em seu quarto e colocava a única melodia que tinha gravada ali.

- Valse comigo? – perguntou estendeu a mão para Cameron. O ômega praguejou um pouco antes de segurar a mão do alfa.

Quando os corpos se colidiram e as melodias ecoaram, as mãos de George encontraram a cintura de Cameron e o conduziram com elegância. Embora a música fosse interrompida ocasionalmente por falhas, isso não impediu que ambos desfrutassem do momento.

A serenidade do momento fez com que, inconscientemente, a cabeça de Cameron repousasse sobre os ombros do alfa, que se viu inundado de felicidade pelo contato.

Os passos se desdobravam em uma cadência harmoniosa, enquanto os olhares se entrelaçavam em um sincronismo íntimo. O quarto parecia envolto em um véu de encantamento, onde o tempo se diluía e apenas a música e a presença um do outro importavam. Cada movimento era uma expressão de proximidade e conexão, como se seus corações dançassem em uníssono ao ritmo da melodia. E assim, envolvidos na magia da dança, Cameron e George se entregaram à beleza efêmera daquele momento.

Quando a cabeça de Cameron se desprendeu de seu ombro e voltou seu olhar para o alfa o encarou até que seus lábios se encontraram, o beijo foi lento e calmo, seus corpos continuaram entrelaçados pela dança, os lábios dançavam em uma dança mais sensual, suas línguas se encontravam entrelaçadas, a dança foi tão gostosa que só se separaram quando seus pulmões clamavam por oxigênio.

- Não podemos – Cameron disse baixinho, se sentindo culpado.

- Claro que podemos – o lorde respondeu grudando sua testa na do ômega.

- Sou apenas um servo, que o senhor vem se entretendo com a companhia – falou de uma vez o que estava em sua mente.

No fundo o ômega queria ser mais que isso, contudo sabia que não seria, nem aceito por George imagina pela sociedade. Se apaixonar por ele foi tão repentino que quando viu já estava desejando os breves momento de conversas leves e doces, ou o alfa insistir que ele o acompanhasse para tomar café, esses momentos eram tão especiais na visão do ômega que os esperava todos os dias.

- Você é a pessoa mais especial que conheço – George não tardou em dizer pegando e fazendo carinho na bochecha do ômega - embora eu geralmente seja reservado e não fale muito, sempre achei nossas conversas tão naturais. Encontrar alguém tão bonito como você é uma coisa, mas descobrir o melhor amigo e confidente no mais lindo dos homens é verdadeiramente especial para mim. Quero que saiba que não te vejo como um caso passageiro, mas sim como alguém que desejo fazer parte da minha vida como meu parceiro para sempre – declarou.