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Oi gente, tudo bem??? Vim avisar que o capítulo de hoje é mais delicado, não me matem pelo que eu fiz, foi nescessário para a história.

Bjs.









A manhã no Ducado de York amanheceu serena, mas no interior do quarto de Archi, um pesadelo terrível se desenrolava. O Duque Ômega em meio a um sobressalto, seu corpo banhado em suor frio e seu coração batendo descompassado.

Em seu sonho, Archi se via grávido, mas a gravidez era marcada por dores e complicações. De repente, ele sentia um vazio em seu ventre, a vida que ali se formava se esvaindo como areia entre seus dedos. O desespero o consumia enquanto ele tentava salvar o bebê, mas era em vão. A dor da perda o inundava, e ele acordava com um grito abafado preso na garganta.

Ao despertar um drama real se desenrolava no recinto. Archi, grávido de algumas semanas, acordou em meio a uma dor aguda no baixo ventre, um presságio cruel do que estava por vir, mas o ômega não percebeu de imediato, achou que era apenas uma dor normal, pelo menos pelos próximos segundos.

As contrações se intensificavam a cada minuto, cada onda de dor o dobrando ao meio e arrancando gritos de agonia de sua garganta. O sangue manchava suas roupas e o lençol da cama, um símbolo da vida que se esvaía de seu corpo, ele sentia que a vida se esvaia de dentro de sua própria alma a cada segundo.

Em meio ao desespero, Archi buscava em vão por Henry, mas ele havia saído cedo, lhe avisou noite passada que hoje precisaria ficar o dia no campo para ver a plantação de novas sementes, porém, isso não passou pela mente do ômega em momento algum, ele se sentia mais ignorado, era um vazio.

Não demorou tanto para que a dor se tornasse quase insuportável.

- HENRY... - Archi gritou pela primeira vez em desespero – ALFA, POR FAVOR – gritou de novo, mas Henry não vinha ao seu encontro;

A solidão aumentava a angústia de Archi, que clamava por ajuda em meio aos gritos. As contrações se tornavam cada vez mais fortes, e ele sentia que suas forças estavam se esgotando.

De repente, um som familiar ecoou pelo quarto: a voz de William, o servo se sentiu assustado ao ouvir o grito do Duque Ômega, ainda mais pelo sonar tão desesperado e doloroso, então ao ouvir os gritos de Archi, correu para o quarto, encontrando o Duque Ômega em uma situação desesperadora.

Ao ver a cena, William agiu com rapidez e precisão. Ele ergueu Archi em seus braços, transportando-o com cuidado para o banheiro. Lá, ele o ajudou a se limpar e o acomodou em uma banheira com água morna, tentando amenizar a dor e o desconforto.

Com voz firme e tranquilizadora, William garantiu a Archi que tudo ficaria bem. Ele mandou que chamassem o médico do Ducado, pedindo que viesse o mais rápido possível. Enquanto esperavam, William permaneceu ao lado de Archi, conversando com ele e segurando sua mão, transmitindo-lhe força e conforto, entretanto isso não ajudava o Duque Moega sentia dores enormes, o sangue não parava de escorrer.

Ao chegar, o médico examinou Archi e confirmou o que ele já temia: um aborto espontâneo, era mais comum do que se imaginava, quando ele chegou o Duque Ômega já tinha expelido quase todo o feto. O mais difícil ficou a trabalho dele, que foi contar a Archi sobre o ocorrido, em todos os seus anos nunca tinha ouvido um grito tão doloroso quanto o que deixou a garganta do jovem ômega, foi de partir o coração vê-lo daquela maneira para William, tão frágil e vulnerável.

Archi, debilitado e com o coração partido, se agarrava à mão de William, buscando apoio e força em seu olhar. A dor física era intensa, mas a dor emocional era ainda maior. Ele havia perdido seu filho, a esperança de um futuro com Henry e ele como pais e o pior ele pensava em como contar isso ao esposo.

Um Ômega Para o Duque (Duologia Meu Destino - Livro 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora