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- Case-se comigo – o Conde disse sem pensar, embora fosse algo que ele pensará muito noite passada.

Archi não negava que estava surpreso, ele não esperava essa proposta vindo do Conde. Antes que ele pudesse respondeu a voz de seu irmão se fez presente.

- Lento Conte Holland, mas meu irmão já está noivo – disse de uma vez, pegando não apenas o alfa de surpresa como o ômega.

- Noivo? – Archi perguntou achando que vomitaria ali mesmo de nervoso.

- Sim, do Duque – afirmou engolindo em seco ao ver o olhar de Cameron sobre si – o casamento acontecerá no final da temporada, espero que arrume uma modista muito boa, Antônio Wood lhe ajudará nos preparativos do casamento – tagarelou não querendo que o ômega fizesse uma cena na frente do Conde.

- Mas eu não concordei em me casar com ele – Aechi disse baixinho.

- Após a cena da noite passada achei que já esperava por isso – George se sentiu ao lado do irmão pegando sua mão.

- Nada de impróprio aconteceu.

- Eu sei – o alfa apertou mais um pouco a mão do irmão – mas... – olhou para o Conde por segundos – a Rainha ordenou assim, não há o que se posso fazer além de aceitar.

Archi olhou o Conde que nada disse, apenas analisou os dois antes de se levantar e sair sem dizer adeus. Embora sem classe nenhuma George sabia que demoraria um tempo para o alfa se recuperar do choque, ele mesmo estava se sentindo terrível.

Porém, nenhum dos dois estava se sentindo como o próprio Archi, que só queria abrir um buraco no chão se esconder nele e chorar.

- Alfa idiota – Archi finalmente disse quando as lagrimas começaram a rolar – ele estragou minha vida, de novo.

O espelho frio refletia a imagem de Archi, emoldurada pelo grande vestido de noiva que a engolia como um mar de seda e cetim

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O espelho frio refletia a imagem de Archi, emoldurada pelo grande vestido de noiva que a engolia como um mar de seda e cetim. A renda branca, outrora símbolo de pureza e alegria, agora se assemelhava a uma mortalha em sua pele pálida. As pérolas que adornavam seu corpo, pareciam simbolizar sua própria prisão e sofrimento.

O ômega traçou com o dedo nas delicadas bordas do vestido, sentindo o peso da tradição e do dever social que a prendiam àquela farsa. Cada centímetro do tecido era um lembrete do futuro que a aguardava: um casamento sem amor, ao lado de um homem que o odiava, não que o sentimento não fosse multou entre eles.

O Duque era a personificação da tirania e da arrogância para ele, ainda mais depois de semanas passeando com ele para que não houvesse escândalos em seu casamento. Seus olhos gélidos a percorriam como se fosse um objeto de sua propriedade, desprovida de qualquer sentimento ou humanidade. A ideia de compartilhar a vida com ele a enchia de náuseas, um tormento indizível que a consumia por dentro, um pânico se instaurava ao pensar naquele alfa o tocando. Lágrimas brotaram em seus olhos, ameaçando romper a máscara de serenidade que ela tanto se esforçava para manter. A dor apertava seu peito como um vício, sufocando seus sonhos e desejos. Em seu coração, reinava apenas a amargura e o desespero.

Um Ômega Para o Duque (Duologia Meu Destino - Livro 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora