*CHAPTER 36*

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Os três feiticeiros abriram os olhos aos poucos, olhando para os lados e vendo o grande vazio que havia ao redor, sem sinal de vida e muito menos magia, pois estavam dentro da cabeça de Caim. Cada um olhava para um lado, tentando encontrar Feroll, foi então que Ydal avistou ao longe uma silhueta, reconhecendo que era o amigo, ele chamou a atenção dos outros dois e os três foram andando na direção do maior.

Quando chegaram até o maior, viram que o mesmo estava observando algo, ao virarem o olhar, se depararam com uma memória de Caim, ele ainda era pequeno, mas a memória parecia bem vivida na mente dele.

Havia uma mulher e um homem, provavelmente eram seus pais, o pequeno menino olhava para a mãe que o segurava no colo e a mulher o olhava e lhe lançava um sorriso gentil, os dois adultos continuavam a andar por um caminho de terra, até chegarem a uma velha casa e verem uma mulher parada na porta. O casal se aproximou da mulher, a mesma já era idosa, os traços indicavam que deveria ter em torno de oitenta e poucos anos de idade, usava roupas coloridas e um turbante comprido na cabeça.

Mamãe- Podem entrar! - a idosa disse dando um sorriso gentil, mostrando mais de suas marcas devido a idade.

O casal andou para dentro da casa, vendo que era pequena, porém aconchegante, a idosa lhes mostrou dois acentos e então os dois foram na direção do mesmo e se sentaram, a mulher olhou ao redor e depois olhou para o menino, fazendo carinho em sua cabeça e lhe dando outro sorriso. As luzes começaram a se apagar e então a senhora foi até um baú, abrindo o mesmo e pegando uma pedra, a qual os feiticeiros reconheceram de imediato.

Pedras mágicas usadas para descobrir qual seu tipo de mana, normalmente só eram usadas na adolescência, porém os pais pareciam querer descobrir quais as habilidades do filho o mais cedo possível. A idosa se aproximou dos três, e então pediu para o garotinho erguer suas mãos, o menino se encolheu no corpo da mãe, então a mulher olhou para o menino com um leve sorriso.

Mamãe- Está tudo bem, querido! É só uma brincadeira, não precisa ter medo!

Assim que falou, o menino olhou para a senhora e estendeu a mão, a velha sorriu e lhe deu a pedra dizendo para o menino segurar com força. O garoto segurou a pedra e esperou alguns minutos, uma luz começou a surgir, mas então o brilho foi sumindo aos poucos e depois não brilhou mais, os dois adultos olharam para aquilo e começaram a se questionar do porque havia ocorrido aquilo, a idosa olhou para os dois e disse que o motivo era simples, falando por fim que o garoto não tinha mana. Os pais ficaram chocados com a notícia, não era possível que isso acontecesse, ambos seus pais tinha mana, sua mãe era uma feiticeira e seu pai um bruxo excepcional, como poderia seu filho não ter mana alguma?

A memória foi se apagando aos poucos e então uma luz apareceu distante, fazendo os feiticeiros andarem na direção da luz e ver que se tratava de outra memória, dessa vez Caim era maior, provavelmente tinha seus 7 anos, a memória se passava em uma escola, não a escola na qual os feiticeiros estudaram, mas uma escola para bruxos, já que Caim era um.

Professor- Familiares! São animais de apoio mágico, bruxos e bruxas sempre tem um ou mais, os familiares ajudam seus mestres na hora de fazer feitiços e poções, ficando ao lado do caldeirão ou ao lado de seu mestre enquanto o mesmo recita os feitiços para criar as poções ou abençoar, ou amaldiçoar. Anotem isso crianças.

Caim anotava em seu caderno sobre a matéria e depois ao fundo uma sirene tocou, indicando o intervalo, o pequeno garoto fechou seu caderno e andou junto com os outros para fora da classe, indo até a cantina onde faziam uma fila para pegarem sua comida. O garoto pegou sua bandeja e andou até uma mesa onde havia apenas uma garota, que ao ver o menino deu um grande sorriso.

Garota- Olá Caim!!! Como você tá?!!! - ela disse mostrando seus dentinhos levemente separados.

Caim- Oi Abigail! Eu tô bem, e você?

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