The 1

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- Rey, por que sempre chega assim do nada?!--  reclamei.
- Estou esperando uma explicação, senhorita! -- Rey olhava bravo.

Simón se levantou rapidamente da toalha e me levantei também.

- Eu não te devo explicação alguma.-- disse botando a mão na cintura -- Apesar de você viver rastejando atrás da minha madrinha, você não é meu pai! -- Falei abusada -- ou padrinho... Que seja!
- Pois fique sabendo que mesmo que não me dê explicações, vai ter que contar o que está acontecendo entre vocês para Senhora Sharon! -- ele respondeu impaciente.

- Senhor Rey! Espera..-- Simón estendeu as mãos na direção dele. -- Não faça isso. A senhora Sharon vai me expulsar daqui.
- E acha que vou esconder alguma da minha patroa por sua causa? -- Rey levanta a sobrancelha.-- Já pra sala de estar. Os dois!

Nós dois caminhamos derrotados, morrendo de medo da minha madrinha, paramos na sala nervosos enquanto Rey foi chamar ela.

Ela desceu super elegante e arrumada como sempre. Ao entrar na sala ela me encara inexpressiva.

- O Rey me disse que pegou vocês dois numa situação comprometedora

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- O Rey me disse que pegou vocês dois numa situação comprometedora...-- ela cruza os braços.
- A gente só se beijou! -- falei dando de ombros.
- Simón! -- ela chama e Simón a interrompe desesperado.
- Senhora, por favor, me perdoe, eu não quero desrespeitar a sua casa e...
- Volte para o seu quarto. -- ela estende a mão para que ele pare de falar. -- Rey me deixe a sós com a Ambar.

Respirei profundamente sabendo que ia sobrar só pra mim. Era impresionyante como isso sempre acontece.

Quando ficamos sozinhas, ela se aproximou mais e analisou meu rosto.
- O que você tem na cabeça?-- ela perguntou irritada.
- Madrinha, por que se importa com quem eu saio?-- falei como se não fosse nada demais.
- Porque você é minha afilhada, não quero você andando com alguém que veio tão de baixo, ele era amigo dos Valente desde que eram apenas empregados... Ele pertence à criadagem.-- ela faz cara de nojo.
- Não estamos namorando madrinha. É só uma distração...-- fiz pouco caso.
- Mas você merece alguém melhor, alguém com nível, sobrenome, futuro..-- Ela diz em tom de conselho -- Como foi perder o Matteo?
- Ai madrinha...-- bufei -- O Matteo prefere a Luninnha.
- E a culpa é de quem? -- ela me julgou -- Sua! Se você não fosse uma pessoa de pensamento medíocre e desenvolvimento medíocre, o Matteo saberia que você é a melhor opção!
- É isso que a senhora pensa de mim?-- aquilo tinha doído. Não era coisa da minha cabeça. Pra ela eu sou uma fracassada.
- Sim, por tanto trate de recuperar o Matteo ou arrume alguém melhor! -- ela dá de ombros. -- Com tanto que não seja esse zero a esquerda.

Escutei tudo. E fiquei pensando, arrumar alguém melhor era o único jeito de agradar minha madrinha? O único jeito de deixar ela feliz?
Engoli seco e a vi se afastando.
O que eu faço agora?

Fui para o meu quarto e demorei a dormir pensando no que iria fazer a partir de agora. Sinceramente acho que vou escutar minha madrinha.

Ouvi uma única batida na minha porta e fui ver o que era, abri esperando ver o Simón, mas não era ele.
Não era ninguém. Olhei para o corredor procurando e não tinha nada e quando estava quase fechando a porta vi a rosa que Simón me deu mais cedo.

Abaixei pegando a flor linda e delicada, fechei a porta. Suspirei.

Ele é tudo que eu esperava do Matteo, ele é tudo que eu nunca tive antes.
Simón tomou conta do meu coração tão rápido.
Acho que estou apaixonada pelo melhor amigo da Luna. E isso me assusta.

NO DIA SEGUINTE...

Tomei café com a família perfeita que tinha que suportar, e depois saí pela cozinha em direção a área externa pra ir até o carro. Quando saí percebi que Luna ainda não tinha nem sequer tomado café. Ela com certeza estava atrasada novamente.

Abri a porta do carro afim de esperar o motorista, mas algo me impediu. Algo não. Alguém..

- Ambar! - Eu preciso ir pra escola

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- Ambar!
- Eu preciso ir pra escola..-- Ameacei entrar no carro.
- Falta o motorista. -- ele sorri levemente -- e também falta a Luna.
- Sua amiga está atrasada.-- suspirei.
- Você está bem? -- ele percebeu que eu agia com um pouco de frieza -- está de castigo?
- Não. -- respondo lembrando das palavras da minha madrinha.
- Me conta! Ela brigou com você?-- ele dá um passo a frente ficando mais perto.
- Ela faz questão de que eu me afaste de você..-- olhei nos olhos dele nervosa -- ela disse que preciso de alguém a minha altura, ela disse um monte de coisas, mas você não precisa ouvir isso. -- Já seria cruel demais ficar falando o que ela disse do Simón.

Ele parou por um segundo e pareceu triste ao ouvir o que eu disse.
- E você vai fazer isso?-- ele apertou os olhos me analisando em busca de uma resposta. -- Vai se afastar de mim?

Só de me imaginar longe do Simón meu estômago se revira, fico em silêncio e tento achar palavras, tento arranjar um jeito de terminar Simón algo que a gente nem começou.

Respirei profundamente e ele esperava minha resposta, a expressão no meu rosto não era nada animadora.

Ele ficou parado com preocupação no olhar, ele não estava acreditando, estava assustado, em pânico porque meu silêncio era a prévia da resposta

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Ele ficou parado com preocupação no olhar, ele não estava acreditando, estava assustado, em pânico porque meu silêncio era a prévia da resposta.

- Eu..-- minha voz treme. -- Eu decidi que... -- busquei por ar.

Os olhos dele tem o brilho das lágrimas, a cada segundo ele percebia que não devia ter esperanças, que aquilo estava realmente acontecendo.

Estava doendo demais ver Simón daquele jeito. Ia falar logo pra puxar o Band-aid de uma vez.

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