You're on your own, kid

Gold rush

Era segunda feira á tarde. E Ambar Smith estudava para uma prova muito importante.
A menina fica horas entre os livros dedicada para primeira prova do ano letivo.

De repente se assusta com o abrir da porta.
- Oi, oi..-- Entra um tanto desanimado.
- Matteo! -- ela olha surpresa -- veio me pedir ajuda com a matéria?-- pergunta debochada.
- Na verdade fugi da casa do Gastón..-- ele tava me sufocando com tanta leitura. -- largou a mochila num canto do quarto.
- Alguém te viu entrando? -- perguntou com malícia nas palavras.
- A sua prima me deixou entrar quando saiu pra patinar..-- Da de ombros -- Ela quase me atropela na entrada. -- ri de forma leve.
- Nenhum adulto?-- ela diz tirando o livro do colo e se levantando da cama.
- ne - nhum -- Fala pausadamente com um sorriso de canto.
- Vamos estudar então..-- ela ri e põe os braços em volta do pescoço do namorado.
- Vai me dar aula de quê?-- se aproxima roçando seu nariz no dela.
- Línguas estrangeiras..-- gargalha.

E o beija. Despreocupada ela o beija sem pressa, um beijo intenso e quente. Ele apertava a cintura da loira e ela passava as unhas em sua nuca.

HORAS DEPOIS...

Já era meia noite e Matteo ainda estava lá. Tinham pedido um lanche, namoraram um pouco e até chegaram a estudar realmente.
Mas o problema agora era.. como ele ia sair sem ser visto?

- Eu te levo até a porta da frente! -- Ambar susurra abrindo a porta do quarto e vendo o corredor com a luz fraca.
- Se vier, o risco de fazermos barulho ou chamarmos atenção é enorme! -- ele a acalma -- eu cheguei sozinho e saio sozinho, tá?

Beija o rosto da moça e sai.
Ela fecha a porta com um sorriso cheio de satisfação, eles eram um casal poderoso, na escola, na pista e na vida. Matteo era a versão masculina dela. Por isso se davam tão bem.

Enquanto isso no corredor escuro, Matteo anda curvado como se tivesse medo de ser visto. ao passar por uma porta aberta ele olha.

Era o novo quarto da Luna ela tinha feito tudo exatamente igual seu antigo quarto, agora no andar de cima ao lado do antigo quarto de seus pais.

- Belo pijama..-- Ele diz debochado.
- Mauricinho que susto!!!-- ela tapou os olhos -- o que faz aqui a essa hora?-- põe a mão na cintura.
- tava estudando com a Ambar -- puxou a alça da mochila.
- Estudando né..-- olha desconfiada.
- A pergunta é: o que a mocinha faz acordada?-- ele da a volta na cama chegando perto da menina.
- Tava batendo papo com Simón!-- sorri sapeca.
- Namorado?-- Matteo cruza os braços.
- Meu melhor amigo! -- ele ri da ideia de ser namorada do Simón -- Eu já comentei sobre ele, a gente trabalhava juntos antes de eu vir morar aqui.
- Trabalhavam fazendo o que mesmo?-- parecia interessado.
- Fazíamos entregas de lanche. Os amigos do delivery! -- fez uma dancinha ao falar.
- Humm delivery..-- balança a cabeça -- ele sabe que agora você é rica e desempregada?
- Mas é claro que sim! nós contamos tudo um para o outro! -- ela sorria o tempo todo ao falar do amigo.
- Eu tenho que ir antes que alguém me pegue aqui.-- o assunto parece aborecer o menino -- bons sonhos menina delivery!

Entre tantos apelidos esse era o mais recente e Luna suspira um pouco irritada com o apelido novo.

NO DIA SEGUINTE...

Ao sair da aula Ambar tinha certeza de que tinha ido bem na prova.

- Pior é que eu achei super difícil..-- Delfi estava preocupada.
- Não foi tão ruim.. até que sou boa em geografia.-- Jasmin sorri.
- A prova era de literatura Jazmín!!!-- Delfi corrige.
- Ai então acho que não fui tão bem quanto eu pensava..-- pôs a mão no peito ao falar.
- Como consegue falar tanta bobagem Jazmín???-- Ambar olha sem paciência.
- Como foi tão bem Ambar? Qual é o segredo?-- Delfi puxa saco.
- Bom..-- joga o cabelo -- primeiro que me dedico muito. Ontem não fui nem ao roller. Estudei o dia todo, Matteo até foi me oferecer ajuda!-- suspira como se fosse a coisa mais romântica do mundo.
- Quem me dera ter um namorado pra estudar comigo.-- Delfi fica triste.
- É por isso que eu sempre levo bomba então!!! -- Jasmin abre a boca chocada.

Ao chegar em casa Ambar encontra sua madrinha. E vai toda animada lhe dar as notícias.

- boa tarde madrinha!
- olá! -- respondeu monossílabica.
- Hoje teve aquela prova pra qual eu estudei tanto e tenho certeza que fui muito bem!!! -- ela sorri orgulhosa de si mesma.
- A nota já saiu?-- levanta a sobrancelha ao perguntar.
- Não, mas..
- Venha me contar quando o boletim sair! Não tenho tempo para suposições! -- Ela levantou da mesa e saiu.

Mas antes de chegar às escadas encontra Luna no hall de entrada.

- Olá senhora Sharon! Me desculpe eu entrei de patins sem nem perceber, eu vou limpar tudo eu juro! -- fala rapidamente.
- Não se preocupe!-- ela sorri -- Eu chamo a Amanda pra limpar de novo, não precisa se desculpar. Essa casa é sua..-- acariciou os cabelos ondulados da menina e ela sorriu de forma tímida com o carinho inesperado.

Ambar observa tudo da sala de jantar. Era tão raro ver sua madrinha sorrir, mesmo sendo esse sorriso falso, plastificado, digno de um filme de terror.
Se ela fosse a herdeira da fortuna, a verdadeira Sol Benson com certeza sua madrinha gostaria dela. Lhe daria o carinho que ela sempre esperou.

A menina de olhos claros é tirada de seus pensamentos ao ver Luna falando alto em chamada de vídeo com alguém.

- Olha Simón! Essa é a Ambar minha prima que eu te falei! -- Vira o celular pra que ele veja e Ambar olha as próprias unhas como se não fosse com ela.

- Hey, Ambar! da "oi" pro meu melhor amigo Simon! Diretamente do Méxicoooo! -- fala alto a cantarola.
- Oi! -- acenou sem nem prestar atenção a tela do celular -- e tchau!

Jogou o cabelo e saiu em direção ao quarto.
- Ela é assim mesmo, mas é super legal depois que você conhece!-- Luna suaviza a situação.
- Imagino..-- ele concorda -- Luna.. sua prima é modelo?
- Não..-- ela estranha a pergunta -- Mas até que podia ser.. -- diz pensando melhor -- do jeito que ela é bonita.
- Ela é linda! -- ele balança a cabeça em concordância.

Notas da autora:

Oi! queria escrever a muito tempo, mas não sei se o fandom de Simbar ainda tá vivo. Se quiserem que eu continue me falem aí!
Se ninguém ler vou fingir que foi um surto