E se?
E se ao encontrar Luna a senhora Sharon tivesse outra estratégia?
E se ela resolvesse acolher e dar todo o carinho do mundo para sobrinha que era herdeira da fortuna e esquecesse de sua filha adotiva?
E se toda família de Luna morasse na mansã...
- Bom Ambar... A Luna é minha melhor amiga da vida e não vou me afastar dela! -- ele me olhou bem sério. - Vai escolher ela então..-- engoli seco e dei meia volta indo em direção a porta do depósito. - Ambar espera!!!-- veio rapidamente me puxando pelo braço.
Quando me virei ele me olhou bem de perto ainda com a mão no meu braço e disse:
- Também não quero me afastar de você! -- me encarou e por algum motivo meu coração disparou. - Então não se afaste! -- toquei seu ombro e ele continuava muito perto de mim.
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Ele passou a língua entre o lábios e acabei olhando, por um segundo eu pensei que podia...
- Quero que.. as duas sejam minhas amigas.-- ele fala quase sussurrando. - Vai ser um pouco difícil..-- me afastei dando de ombros -- Mas eu não tenho como te obrigar a ficar só comigo não é? - Não..-- ele negou com cabeça. - Se não tem jeito, te deixo no seu novo quarto. Antes que alguém me pegue aqui! -- fui até a porta. - Até amanhã! -- ele deu um sorriso tão doce e sincero que tive que sorrir de volta.
Não desci pra jantar, pedi um lanche, fiz uma chamada de vídeo com minhas amigas e me arrumei pra dormir cedo, já que no dia seguinte tem aula. Me deitei na cama e olhei pro lado, me lembrei da sensação da mão do Simón segurando a minha e me lembrei de como foi bom dormir ao lado dele.
- Que saudade..-- falei baixo pra mim mesma.
E na mesma hora estranhei, não era pra isso acontecer. Não era pra eu ficar sentindo saudades desse garoto.
Me levantei e fui até o espelho.
- Foco! Você precisa recuperar o Matteo, não se distraia com essa amizade que não vai dar em nada! -- lembrei a mim mesma das minhas prioridades.
Eu tinha que pensar em alguma coisa pra fazer o Matteo esquecer a Luninha de vez.
Tentei e tentei dormir, mas não consegui. Então resolvi descer pra pegar um livro, mas do alto das escadas ouvi uma conversa num tom bem baixo.
- Só substituiu essa pintura até agora? - Sim senhora! -- responde Rey -- tem muita gente na casa preciso ser cuidadoso. - Tudo bem. Temos tempo, mas quero trocar tudo que for valioso por réplicas, essa é nossa garantia caso a minha sobrinha faça 18 anos e resolva me deixar na ruína. - Também já pus as primeiras parcelas do desvio das empresas na conta da Suiça como pediu! - Ótimo, com o tempo vamos acumular uma boa quantia.-- disse minha madrinha -- Os valente não são espertos o suficiente pra notar que estamos mudando os números dos investimentos da família. - O único que poderia descobrir é o seu pai. - Ele está se divertindo muito na Europa, não volta tão cedo.-- ela suspira -- vou me recolher, amanhã conversamos!
Resolvi fingir que não ouvi nada e desci batendo os chinelos no chão e cantarolando uma música pra dar tempo a eles.
Desci e fui até a biblioteca. Ri imaginando minha madrinha e o Rey escondidos na sala.