27.

129 16 7
                                    

Eu liguei para a moça da Delegacia da Mulher e já entreguei tudo o que ela precisava

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu liguei para a moça da Delegacia da Mulher e já entreguei tudo o que ela precisava. Agora é só cruzar os dedos e torcer para que tudo dê certo e Ronnie vai parar atrás das grades.

Entro no banheiro, tiro as minhas roupas e ligo o chuveiro. Assim que sinto a água caindo sobre o meu corpo, consigo relaxar.

Depois da tarde que eu tive com o Gabriel, percebi o quanto eu estou completamente apaixonada por aquele homem. E eu me apaixonei bem antes, mas estava em negação porque não acreditava que um homem estaria comigo pela minha personalidade, mas sim, porque ele queria transar comigo.

◇◇◇

Coloquei uma roupa bem quentinha e agora estou deitada. Peguei meu notebook e quando estava navegando, resolvendo assuntos de trabalho, vi um anuncio sobre uma pousada linda. Seria a segunda surpresa perfeita para o Gabriel.

Clico no anúncio e dou uma pesquisada. É um lugar lindo. Obviamente não podemos ficar muito tempo, então seria uma viagem apenas de final de semana.

Pego meu cartão e compro. Assim que me enviam o comprovante por e-mail, eu mando para Clara.

— Comprei! Acha que ele vai gostar?

— Amiga, esse lugar é divino! Ele vai adorar.

— Assim espero rsrs. Essa semana vou começar a comprar as coisas para a festa dele lá em casa.

— Ok. Aí me fala que vou com você.

— Pode deixar!

— O que você está fazendo, princesa? — Gabriel entra no quarto

— Resolvendo algumas coisas. — fecho a tela do meu notebook e o coloco em cima da cama — E o que você estava fazendo? Posso saber? — me sento

— Marí me mandou mensagem. — Gabriel faz careta — Perguntando se pode fazer um jantar aqui em casa amanhã para mim. 

— Nossa! Ela quer mesmo comemorar com você. — afirmo, cruzando meus braços

— Ei. — ele puxa meus braços, deixando eles soltos — Não precisa sentir ciúmes. — ele sorri

— Quem disse que estou com ciúmes? — ergo a minha sobrancelha esquerda — Pode jantar com ela. Vou ficar com Chloe amanhã. — ela afirma

Eu estou claramente com ciúmes, mas não vou admitir. Quem aquela menina pensa que é para dar em cima assim do Gabriel? 

— É sério, amor. — pera, ele me chamou mesmo do que eu ouvi? Ele disse "amor"  em alto e bom som. Puta que pariu! — Quero que você esteja aqui. María não significa nada para mim. — ele afirma

Só por ele ter me chamado de amor do nada, com certeza eu vou participar desse jantar. 

— Ok. Mas, — levanto o meu indicador — Eu não tenho sangue de barata. Se ela me irritar, não vou ficar quieta. 

— Tá bom. — ele ri. Ele segura o meu rosto com as duas mãos e deposita um beijo em meus lábios — Quer comer alguma coisa? 

— Panquecas. 

—Panquecas? — ele retruca

— Sim. Podemos ir em um restaurante. Conheço um que tem uma variedade de panquecas doces e salgadas. 

— Está bem. Vamos, então. 

—Por que você diz sim para tudo? — pergunto, em um tom calmo e curioso

— Eu nunca fiz isso para ninguém. Você é a primeira e será a única. — ele afirma, com precisão — Além do mais, tenho um bebê e quero muito poder fazer de tudo tanto para ele quanto para você. — sinto o seu polegar acariciar a minha bochecha

Eu não sei como Gabriel mudou tão drasticamente, mas essa sua nova versão é a minha favorita. 

◇◇◇

Fomos no restaurante e não tinha a panqueca que eu queria. E também, o lugar estava lotado. Ou seja, estou indo para casa sem comer a comida que eu tanto queria. E agora, estou sentindo o gosto da bendita panqueca na minha boca. Será que é mais um desejo? 

— Não fica assim, princesa. — Gabriel tenta me consolar, trancando a porta do apartamento

— Eu queria muito comer umazinha. — digo, manhosa — Vou guardar as roupas que eu comprei. 

Gabriel concorda. Ele deposita um beijo na minha testa. 

As minhas roupas eu já guardei mais cedo. Só preciso arrumar algumas coisas que compramos para o bebê. 

Gabriel implorou para eu deixar ele comprar um brinquedo de carro para o bebê. A criança ainda nem nasceu, mas enfim, eu não pude nem dizer não. Ele comprou do mesmo jeito. 

O quarto já está quase todo completo. Só precisa de algumas decorações. Todos os móveis já estão instalados. Coloco as roupas dobradas dentro da gaveta e o brinque dentro do berço. 

Eu tinha a vida perfeita montada na minha cabeça. Teria meu primeiro filho aos trinta anos e até lá, seguiria com a minha carreira e teria um relacionamento normal, como a maioria dos casais: namoro, noivado e casamento. 

Porém, eu e o Gabriel acontecemos da forma mais inusitada possível. E vendo como ele me trata, seria um desperdício ser tão rude com ele. Sei que já fiz isso e me arrependo muito. 

Apago a luz e caminho até a cozinha. Passo perto da janela gigante que tem no corredor e quando olho para baixo, sinto uma tontura. Ainda não me acostumei ficar tão longe do térreo.

Escuto barulho de talheres e panelas. Quando me aproximo do balcão, vejo Gabriel terminando de lavar a louça. Olho ao lado do fogão e vejo uma pilha de panquecas doces. 

— O que você fez, Gabriel? — me debruço na bancada

— Digamos que não foi de primeira. — ela seca as mão e se vira, Gabriel pega o prato e o coloca na minha frente

— Quantas receitas precisou fazer até acertar? 

—Umas dez? — ele reponde, com uma pergunta. Ele ri, todo sem graça

—Você fez dez panquecas? — arregalo meus olhos 

— Não. Eu fiz dez vezes esse mesmo prato que está na sua frente.

— Você fez isso tudo dez vezes?!

— Aham. — ele concorda — E ainda tem umas salgas no forno. 

— Meu Deus! — coloco a minha mão na boca — Você é maluco. — sorrio, negando — Mas obrigada. 

Corto um pedaço da panqueca doce e levo até a minha boca. 

— Uau. Hm... Isso ficou delicioso. Está se superando, hein. — rio

— Eu tento. — ele pega um pedaço e come também.

Esse cara é o melhor de todos. Sem sombra de dúvidas.

-------------------------------------------------------------

Não esqueçam de curtir e comentar :)









Kiss & CryOnde histórias criam vida. Descubra agora