Talibã.
Hoje era uma quinta-feira e eu estava indo na casa da tia Val.
Estaciono a moto na frente da casa dela e vejo ela olhar pela janela.
Tia Val - que bom que chegou querido, fiz lasanha, sei que você gosta -
Tiro o capacete e entro na casa, beijo sua testa e ela olha para a porta.
Tia Val - e a Helena? Tô com saudade dela já -
Talibã - tá com o amiguinho dela -
Tia Val - porque não fala pra ela o que sente -
Talibã - as mulheres se aproveitam quando o homem fala que é apaixonado por ela -
Tia Val - mas se tu não assumir que gosta dela, vai passar o resto da sua vida ao lado dela sendo apenas amigos? -
Talibã - é muito arriscado falar dos nossos sentimentos -
Tia Val - tem uma música do Filipe Ret assim, só quem se arrisca merece viver o extraordinário -
Talibã - não sabia que tu escutava as músicas dele -
Tia Val - já ouvi seu pai cantando, gostei das músicas e comecei a ouvir, porque? Velhas não podem fazer isso? -
Talibã - não quis dizer isso -
Tia Val - faz o que eu te mandei tá, se arrisca -
Talibã - tá bom, mas acho que vou ver a hora certa -
Tia Val - como tu achar melhor -
...
Volto para a boca, estava cheio de b.o para resolver.
Alguem bate na porta e quando a mesma se abre vejo o K2, um vapor.
K2 - a Jana tá querendo falar contigo -
Talibã - manda entrar - falo com a mão na nuca.
Ela entra, estava com uma roupa bem curta.
Jana - queria falar com você -
Talibã - então fala -
Jana - volta comigo, eu imploro - ela se ajoelha.
O pai faz maravilhas, todas que saim voltam implorando por mim.
Talibã - levanta aí mina -
Jana - por favor talibã -
Talibã - tô muito bem assim, quero não - ela começa a chorar.
Jana - tu já tá comendo a Helena né, eu vi na página de fofoca - pego no seu pescoço e ela olha pra mim assustada.
Talibã - a próxima vez que tu falar alguma coisa que desrespeite a Helena, eu raspo essa palha que você chama de cabelo - ela concorda - vaza daqui - ela sai com aquele saltinho fazendo barulho.