8

221 48 15
                                    


Tristan

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Tristan

Quando esse tormento irá se acabar? Quando terei paz dentro de mim outra vez? Me pergunto enquanto sou atormentado por mais um pesadelo, onde todas as cenas daquela maldita noite se repetem incansavelmente dentro da minha cabeça. Em um ato de desespero chego a apertar as laterais, pressionando a minha fonte em uma tentativa de fugir desse meu fracasso.

— Tristan? Tristan, acorde! — A voz impetuosa de Tino, junto a algumas batidas fortes na porta do meu quarto me arrancam do meu eterno sofrimento e imediatamente abro a porta para encarar o olhar amedrontado do frágil adolescente.

— Tino, o que faz acordado a essa hora?

Ele respira fundo algumas vezes, parece querer recobrar o fôlego e isso me faz acreditar que ele correu até aqui.

— É a Hazel! — Ele diz entre uma respiração pesada e outra.

Contudo, uno as sobrancelhas.

— O que tem a Hazel?

— Ela... ela... — Ele toma o fôlego outra vez. — Eles a levaram, Tristan. A pegaram a caminho da floresta negra.

— Espera, eles quem?

— A Hazel estava fugindo de casa. Ela queria chegar ao Vale das Almas e depois iria para Maldor, mas antes de chegar a entrar na mata, eles a pegaram...

Não espero o garoto terminar o seu relato desesperado. No entanto, estou confuso, pois não fazia muito tempo e eu a vi bem aqui nesse corredor. Imediatamente me afastei dele e adentrei o quarto da minha hóspede indesejada, encontrando a sua cama ainda arrumada. Fecho as minhas mãos em punho.

Será que a droga da feiticeira só serve para causar problemas?

— Viu quem era eles? — inquiro, voltando para o meu quarto e imediatamente ligo para Atlas.

— Lobos cinzas. Eles estavam vigiando a casa há alguns dias. Hazel e eu os vimos.

Dárius. Penso. Mas o que ele quer com uma feiticeira e por que a levaria para longe daqui?

— Atlas, preciso que venha para a minha casa agora! — rosno ao telefone assim que ele me atende.

— Mas são duas da madrugada, Tristan!

— Não me conteste, homem, apenas venha! — ordeno irritado. — E preciso que traga os melhores farejadores, os mais ágeis também. Precisamos fazer um resgate.

— Estou indo, Alfa!

Assim que encerro a ligação, ponho uma camisa de botões com pressa e saio de casa com passos rápidos. Com sorte os alcançarei. Do lado de fora fecho os meus olhos para aguço os meus sentidos e o meu contato com a natureza. Preciso descobrir o que realmente aconteceu aqui e sentir o seu cheiro será como guiar-me pelos seus passos. Não demora e a sua imagem começa a se projetar dentro da minha cabeça. No ato, abro os meus olhos e vejo os seus movimentos de minutos atrás. Logo começo a seguir os seus passos.

A REDENÇÃO DO ALFA - O Legado do rei.Onde histórias criam vida. Descubra agora