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Tristan

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Tristan

— Como estão as coisas lá fora? — Ela pergunta quando ainda estou me recuperando de um orgasmo que foi capaz de roubar as minhas forças.

— Um verdadeiro caos. — Viro-me para ficar de frente para ela. Então os seus olhos encontram os meus.

— Eu não me lembro de muita coisa. — Ela sussurra. — Apenas que sibilei algumas palavras e depois... é como se eu fosse tomada por alguma entidade.

— O seu poder transformou os meus lobos em lycans poderosos. Nenhum deles ficou de fora dessa batalha. Antes de você chegar alguns deles foram literalmente massacrados. O que você fez?

— Apenas invoquei os deuses. Pedi por sua ajuda e a adaga.

— O que tem ela?

— Sua lâmina não é qualquer uma e não pertenceu a um guerreiro qualquer. Enfim, não fiz nada sozinha. Você disse que tem feridos.

— Muitos.

— Onde eles estão?

— Decidimos colocá-los em um só lugar. Assim facilitará para os médicos cuidarem deles.

— Eu posso ir vê-los?

— Tem certeza?

— Eu preciso fazer isso, Tristan.

— Ok, como alguma coisa e eu te levarei até eles.

Eu não entendo por que ela precisa ir vê-los. As cenas para os seus doces olhos serão impactantes e Hazel não está acostumada a ver o lado feio de uma guerra. Contudo, decido não a contestar, pois sempre que faço isso erro feio nas minhas decisões. Eu só preciso colocar na minha cabeça que Hazel não é mais aquela garota assustada que ficou sobre os meus cuidados um dia. Ela é a escolhida, a predestinada a trazer para esse mundo uma nova raça de lobos. Portanto, deve estar preparada para exatamente tudo.

***

— Trouxe o relatório que me pediu. — Atlas fala adentrando o amplo cômodo cheios de leitos e de doentes. Os gemidos doloridos são quase insuportáveis e o cheiro forte de sangue parece impregnar-se nas paredes e objetos. — O que ela está fazendo? — Meu amigo pergunta apontando com a cabeça na direção da santa.

— Ela pediu para vê-los.

— Como ela consegue?

— Eu não sei. Dói dentro de mim saber que alguns deles não sobreviverão até o amanhecer.

Chateado, fecho o relatório e encaro o meu Beta.

— Não sobreviveremos ao próximo ataque com tão poucos soldados — ralho desanimado. — Hazel veio e nos salvou na hora certa, mas temos muitos feridos que...

— Não toque nele! — Paro de falar quando escuto a voz autoritária de um dos médicos. Portanto, entrego os papéis para Atlas e vou ao encontro deles, entrando no comprido corredor de camas estreitas. Mas, ao aproximar-me um brilho suave cobre Hazel como uma fina áurea e percebo que ela está com os seus olhos fechados. — Não me ouviu? Disse para não o tocar!

A REDENÇÃO DO ALFA - O Legado do rei.Onde histórias criam vida. Descubra agora