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Tristan

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Tristan

— Eu preciso perguntar, Senhor Staton. Absorveria o homem que cometeu tal erro? — Minha pergunta soa como um rosnado gélido e áspero, tão próximo do seu rosto que é possível sentir o calor do seu medo.

Ah, essa sensação de poder, de torná-lo tão minúsculo quanto frágil. Eu podia engoli-lo apenas com a ferocidade do meu olhar impulsivo e impaciente. Ve-lo encolher-se em cima da cadeira me faz sentir o gostinho amargo da minha glória e esse sabor me faz lembrar que ele é um mero humano cheio de falhas e que eu não sou esse monstro que estou tentando pintar agora.

O fato é que desde que ela se foi, não consigo controlar essa raiva dentro de mim e sinto que estou ainda mais destrutivo do que antes.

— Aceitaria?! — grito, continuando com a minha tortura sobre o pobre miserável.

— Não Senhor.

— Ótimo, porque eu também não. Está demitido!

E aí está o meu eu cruel, enfiando o punhal na frágil criatura.

Logo a porta se fecha e eu respiro fundo me perguntando até quando isso persistirá.

— Minha nossa! — Atlas ralha me fazendo fechar os olhos bem apertados. — Tive pena dele.

— Alguma notícia? — ignoro o seu comentário, ajeitando o meu terno no meu corpo para ocupar a minha cadeira em seguida.

— Na mesma.

Na mesma. Isso que dizer que amanhã a perderei definitivamente e que a profecia se cumprirá como deveria ser desde o início. E com esse pensamento vem a minha resposta. O meu tormento nunca chegará ao fim. Uma batida na porta me faz fechar as mãos em punho e antes que eu libere um rosnado furioso, Atlas se adianta e abre a porta.

— Eu disse que não quero ser incomodado, Arabella — Um tom seco demais passa pela minha garganta. Contudo, a minha assistente se encolhe, porém, o seu olhar parece apreensivo e eu analiso que algo está acontecendo.

— O que foi, Bella? — Atlas inquire e eu me ponho de pé.

— Tem um lupino lá fora, Senhor.

Meu coração dispara e imediatamente troco olhares com o meu Beta.

— Mande-o entrar! — peço mais brando agora, afastando-me da mesa para aguardá-lo.

— Alfa! — O jovem rapaz se curva diante de mim e pelo seu estado ofegante sei que correu por horas até aqui.

— O que aconteceu? — Pergunto o fazendo erguer o seu olhar para mim. — A Hazel está bem?

— Asterin mandou lhe dizer que o lobo não existe e que um Skinwalker se faz passar pelo coração puro, Alfa.

— Um... Skinwalker?

— Essas criaturas não são nativa-americanas? O que estão fazendo aqui na Inglaterra?

A REDENÇÃO DO ALFA - O Legado do rei.Onde histórias criam vida. Descubra agora