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Tristan

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Tristan

— O que aconteceu, Tristan? — Ela pergunta baixinho e cuidadosa, enquanto desliza uma esponja com uma espuma densa e perfumada, lavando o meu corpo com cuidado como se eu fosse me quebrar a qualquer momento.

Essa é uma pergunta que não consigo responder. Não nesse momento.

— Eu estava correndo pela mata. — Começo a falar quase sem forças nas palavras. — Corri feito um louco. Queria calar os meus pensamentos. A exaustão não chegava nunca. Eu queria gritar, gritar com eles. Perguntar por que mentiram para mim, mas não tinha como.

— Eu sei. — Ela sussurra outra vez.

Respiro fundo.

— Depois tudo parece se tornar um borrão dentro da minha cabeça.

— Como pode ser isso? Você tem arranhões profundos em suas costas. O que quer que tenha feito, não foi nada fácil.

Em resposta, me ajeito dentro da banheira e afundo na água até cobrir a minha cabeça. Contudo, mantenho os meus olhos na sua imagem turva e tento forçar a minha memória. Os sons do rugido preenchem os meus ouvidos bloqueados pela água. Logo a lembrança de um queimor rasga a minha pele.

Eu ainda estou transformado na fera selvagem. Por quanto tempo fiquei assim? Eu não sei, mas sei que durou longas horas. Flashes de um combate se acendem dentro da minha cabeça e um alívio preenche o meu corpo imediatamente.

Eu não matei. Não sou um assassino sem honra. Ainda sou eu, Tristan Tybalt, o Alfa.

... Você é o poderoso rei Alfa de duas alcateias rivais.

Essas palavras me trazem de volta a realidade e submerjo no mesmo instante.

— Tristan! — Hazel me repreende, mas decido encerrar o banho.

— Estou faminto — ralho, saindo da banheira e puxo um roupão que está pendurado em um suporte na parede. — Onde está o feiticeiro?

— Você está bem? — Ela pergunta atordoada, vindo bem atrás de mim. No entanto, paro bruscamente e me viro no mesmo instante que ela dá uma freada brusca e me fita aturdida. Sorrio me aproximando da minha noiva e seguro em cada lado do seu rosto, fitando os seus olhos castanhos que têm uma nuvem cheia de dúvidas flutuando em suas retinas.

— Eu estou ótimo! — A beijo calidamente. — Eu sou o Alfa, se lembra? Não posso me dar o luxo de me enfraquecer. — Torno a beijá-la. — E eu te amo! Eu te amo muito! — A beijo outra vez, dessa vez mais demorado e aproveito para sentir o seu gosto direto no meu paladar.

— Hum! — Um gemido doce escapa da sua boca direto para a minha e aproveito para colar o seu corpo junto com o meu. No entanto, paro o beijo e volto a fitá-la.

— Eu queria poder te jogar naquela cama e fazer coisas deliciosas com você, mas tenho dúvidas sobre mim mesmo nesse momento e uma guerra para travar com um certo ladrão.

A REDENÇÃO DO ALFA - O Legado do rei.Onde histórias criam vida. Descubra agora