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Tristan

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Tristan

— Estamos quase lá, Tristan. Mas com esse dragão por perto não conseguiremos passar despercebidos. — Atlas diz assim que chegamos ao topo de uma montanha. Em silêncio, pego um binóculo e observo o movimento na cidade cercada por um vale e ladeada por troncos grossos e pontiagudos.

— A cidade está fortemente armada — falo, verificando os guardas armados dentro e fora da fortaleza.

— Como faremos com o dragão, Tristan? — Asterin pergunta e eu olho na direção da fera.

A imagem da incompatibilidade de uma jovem sorridente ao lado de um animal grotesco é assustadoramente surpreendente. O dragão age como se fosse o seu cãozinho de estimação e me pergunto se ele é tão fiel quanto. O quanto Drakthar está disposto a proteger Hazel dos nossos inimigos?

— É simples, eles não nos acompanharão — sibilo, voltando a olhá-los.

— O que disse? — Atlas indaga confuso.

— Drakthar é a nossa arma secreta. Hazel é o nosso amuleto. Eles atacarão na hora. Portanto, ficarão exatamente aqui, enquanto invadimos a fortaleza.

— Oh! — Asterin sibila.

— É uma ótima estratégia de ataque, Alfa. — Aleron ralha surpreso.

— Como estão os homens? — inquiro, olhando-o como se fosse o Senhor da Guerra.

— Separados por grupos. Lupinos, lobos e lobisomens. Cada um com sua força, atacarão nos pontos certos.

— Não importa o que façam, Dárius é meu.

— Isso se ele não fugir feito um covarde. — Atlas resmunga mal-humorado.

— Ele não vai. Eu não vou deixar.

E quando a noite finalmente caiu, nos reunimos para a batalha. Uma camada de lupinos com suas garras afiadas se preparavam para o ataque brutal. Enquanto os sons das palavras doces e inteligíveis que saiam da boca de Hazel garantia a formação da potência de lobisomens, que uivavam para a lua amarelada no céu, que iluminava uma selva de rochas pontiagudas a nossa frente. Nossos passos silenciosos e as sombras garantiram o nosso esconderijo e quando paramos em frente aos portões formados de lenhas brutas, iniciamos o nosso primeiro ataque.

Corpos são dilacerados, sangues são derramados. Os gritos se misturam aos uivos no meio de uma noite densa e obscura. Com agilidade escalamos a alta e forte muralha, invadindo a cidade. Uma explosão de violência e selvageria dominando o campo de batalha. Movimentos ágeis e coordenados avançavam em massa, arrancando vidas de forma implacável. Os uivos formavam uma cacofonia assustadora e rasgavam o silêncio da noite sem qualquer piedade.

— Tristan?! — Atlas grita apontando-me uma direção.

Dárius.

O vejo em meio a batalha e um som animalesco escapa da minha garganta, atraindo a sua atenção para mim. Ele enfia as suas garrafas longas e pontiagudas no seu adversário e vem na minha direção feito um trator desgovernado. Ele rugiu alto e feroz, erguendo um braço forte de pelagem escura, que brilhava a luz do luar. Suas garras miraram o meu peito, a fim de arrancar o meu coração.

A REDENÇÃO DO ALFA - O Legado do rei.Onde histórias criam vida. Descubra agora