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Hazel

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Hazel

— Me ajude a levá-lo para o quarto. — Atlas pede e logo alguns homens surgem, o carregando pelas escadarias. Preocupada, vou logo atrás deles, mas a porta se fecha antes que eu consiga entrar. Angustiada, encosto-me em uma parede e não seguro as lágrimas.

Tristan está completamente destroçado e fato de está sujo de sangue, e completamente sem forças me preocupa demasiado. Assim que percebo algum movimento no longo corredor seco as minhas lágrimas e fico de pé, porém, o estranho de jaleco sequer me olha e ele simplesmente adentra o cômodo em seguida.

Por que eles não saem lá de dentro e por que não me dizem alguma coisa? Questiono, enquanto ando de um lado para o outro e a minha cabeça se preenche de pensamentos negativos. Algumas horas depois a porta se abre e eu paro abruptamente, analisando as suas fisionomias cansadas e preocupadas.

— E o Tristan? — pergunto, olhando de um para outro.

— Já pode ir, doutor! — Atlas fala, dispensando o médico, porém, me aproximo a fim de uma resposta.

Atlas respira profundamente, antes de falar qualquer coisa.

— Ele precisa descansar, Hazel.

— E eu posso ir vê-lo?

— Não. O Tristan está ferido severamente e ele precisa de um tempo para se curar.

— O que isso quer dizer? — inquiro quando o seu semblante cai, como se ele tivesse dúvidas da sua cura.

— O Alfa deve fechar suas feridas sozinhos, se o Tristan não conseguir, o Dárius terá vencido a guerra e ele será o novo Alfa.

Engulo em seco, porém, as lágrimas retornam silenciosas.

— O Dárius... ele... está vivo?

— Eu não sei. Eu vi quando Tristan penetrou o seu coração com suas garras e vi quando ele caiu, mas a alcateia resolveu intervir e eles atacaram o nosso Alfa. Nós os impedimos e quando tudo terminou, o Dárius não estava lá.

— Uma luta injusta — sibilo, fechando as minhas mãos em punho.

— Esse é o Dárius, ele nunca joga limpo. Enfim, volte para o seu quarto e tente dormir um pouco. Eu preciso de um banho e de descansar, foi uma longa jornada. — Com pesar, o observo caminhar pelo corredor e sumir dentro do seu quarto em seguida.

Ávida, fito a porta do quarto de Tristan fechada e me aproximo dela, tocando-a e ansiando entrar lá dentro para vê-lo, mas não ouso e apenas me sento bem ali no chão caso ele precise de mim.

— Não vou deixá-lo morrer, Tristan — sussurro determinada. — Não poderei viver com isso, não quando o atraí para a morte.

Em algum momento o sol começa a lançar os seus primeiros raios de no céu cinzento e eu penso em ir para o meu quarto. Contudo, hesito e olho para trás. Fito a maçaneta tentada a adentrar o cômodo proibido e respiro fundo pensando em desistir. Entretanto, como se a minha mão tivesse vida própria me pego girando-a e a porta se abre em seguida. Cautelosa, me aproximo da sua cama observando os profundos arranhões no seu rosto quadrado, com uma barba por fazer. Seus cabelos negros e levemente compridos estão espalhados pelos travesseiros, porém, algumas mechas teimosas tendem a cair na sua testa.

A REDENÇÃO DO ALFA - O Legado do rei.Onde histórias criam vida. Descubra agora