Capítulo 3- A Segunda Obra

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A luz aumentou e tornou-se quase incômoda pelo contraste com o negrume em volta, mas não durou muito, pois ao se aproximar, a heterogeneidade do brilho se revelou: uma visão familiar, milhares de pontos branco-azulados espalhados pelo vazio, peque...

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A luz aumentou e tornou-se quase incômoda pelo contraste com o negrume em volta, mas não durou muito, pois ao se aproximar, a heterogeneidade do brilho se revelou: uma visão familiar, milhares de pontos branco-azulados espalhados pelo vazio, pequenos cristais lapidados e brilhantes que transformavam o breu em um agradável céu noturno. Estrelas.

O rapaz achou a mudança de claridade bem vinda e após seus olhos se acostumarem pôde vislumbrar as massas rochosas que permeavam a constelação, novamente instigando intermináveis perguntas.

Entretanto, antes que terminasse de apreciar a bela visão, repentinamente, a corredeira mudou a direção, o atirando a uma das maiores formações, um grande cone, muito maior do que era capaz de compreender. Naquele instante, o perigo da situação o levou a um estado de pânico. Compreensível, porém inútil. De que adianta? Não tinha controle algum sobre sua rota.

À medida que os ventos ferozmente o jogavam à face plana daquela montanha invertida, a proximidade progressiva o permitiu discernir detalhes da paisagem: cordilheiras e um grande mar branco.

Aproximava-se rápido, agora já era possível identificar rochas pequenas em meio ao mar. Aquilo são dunas?

Subitamente, antes que o chão lhe desse as boas vindas, a correnteza soprou horizontal, evitando que se chocasse diretamente com o solo, mas não exatamente o desacelerando.

Com os grãos de areia suspensos dolorosamente fustigando seu rosto em um voo paralelo à superfície, o rapaz se aproximava cada vez mais das dunas. Seria uma visão emocionante se não estivesse sob risco iminente de morte.

No entanto, não morreu quando se enterrou na duna e perdeu a consciência.

Qual seria a graça nisso?

Quando despertasse, se veria dolorido, mas inteiro.
Perdido, mas onde eu queria que chegasse.

Perdido, mas onde eu queria que chegasse

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