07|COOKES

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O CÁLICE ENTÃO DEU OS SEGUINTES ganhadores do torneio, em Durmstrang Viktor Krum foi o primeiro convocado, logo em seguida de Beauxbatons Fleur Delacour foi a segunda a ser chamada. Logo o cálice cuspiu outro nome escrito em um pequeno papel, sendo chamado então o último ganhador que seria da escola Hogwarts, o nome de Cedrico Diggory foi ouvido e em seguida dele muitos aplausos vindo de todos presentes ali no salão.

Quando o diretor falou sobre a taça, o grande prêmio, todos se espantaram por tamanha beleza do objeto. É claro que o vencedor não levaria apenas ela, seria abençoado pela glória eterna e terá seu nome lembrado para sempre. Porém, em meio aos muitos aplausos de alunos e professores, todos puderam notar a fúria vindo do cálice, como se fosse explodir ou falar algo. O diretor andou até ele e ergueu sua mão para pegar o papel.

Silêncio se fez por todo o salão, até mesmo o próprio Dumbledore se silenciou, chocado.

- Harry Potter? - se questionou.

Emilly franziu o cenho, pensando que Dumbledore só poderia estar caduca. Ela a melhor amiga com dúvida e voltou sua atenção para o garoto.

- Harry Potter! - Dumbledore exclamou.

- Você...?

- Sim, eu também escutei - Emilly sussurrou - Parece loucura.

- HARRY POTTER!

O garoto se levantou do banco, quase sendo empurrado pela melhor amiga quando ouviu seu nome ser chamado. Aquilo parecia não ser real, impossível, não ousara colocar seu nome no Cálice de fogo, não tinha razões para que o fizesse. Harry caminhou pelo salão, enquanto todos ali comentavam seu nome, fofocavam sobre ele e sobre como ele teria feito para se inscrever.

- Isso tá muito esquisito - sussurrou Emilly - Como que ele colocou o nome do Cálice?

- Aliais, por que ele seria idiota o suficiente para se inscrever? - Yara questionou - ele tem quatorze anos e vai competir com com alunos muito mais velhos e experientes.

A garota respirou fundo cansada, e então notou que todos começavam a se retirar, até mesmo alguns professores, e ela viu a forma desesperada que alguns professores correram até a sala onde estavam os campeões. Seus olhos então pararam em uma pessoa específica no meio da multidão, que já estava se preparando para sair.

Foi tirada de seus pensamentos quando ouviu a voz de sua amiga.

- Vamos, está na hora de ir para a Comunal - Emilly suspirou.

Depois de chegarem na Comunal, puderam finalmente descansar, vestidas com seus devidos pijamas, as duas observaram o fundo do lago através das grandes janelas que possuíam em seu quarto. Emilly gargalhou quando conseguiu ver uma das criaturas ali, um grupo de sereianos passou por elas e as encarou como encara o perigo.
E então, após muitas risadas, as duas se deitaram em suas camas e esperaram adormecer. A garota só não esperava que nem mesmo em seus sonhos teria descanso, fazia muito tempo que tinha um pesadelo, mas aquele que tivera a assustou de uma maneira inimaginável.

Ela estava no quintal de uma casa, mas não qualquer casa, era a casa dela , a visão embaraçada e o sentimento de falta de ar contavam isso. Ela então se viu correndo para a vizinhança, e logo após isso sua casa foi invadida por seguidores de Voldemort.

A luz verde foi vista vindo do quarto de seus pais, o coração da menina foi esmagado novamente, era como se estivesse se afogando. Emilly tentou correr mas seus pés não saiam do lugar, elas tentou gritar, gritou o nome da sua mãe e a do seu pai... Mas era como se sua voz estivesse presa e isso fez piorar sua falta de ar.

Seus pés então foram afundando, e o que antes era grama virou um lago sem fim, ela tentou se debater feito um peixe fora d'água e lentamente sumiu na imensidão do lago escuro.

Acordou desesperada, como se verdadeiramente saísse de dentro da água. Olhou para o lado onde Yara dormia tranquilamente e invejou seu sonho calmo, depois virou seu olhar para a janela com visão ao lago e se viu lá, presa e desesperada.

- Eu preciso de ar - ela sussurrou.

Emilly abriu a porta silenciosamente e saiu, deixando-se guiar pela suave luz das velas que iluminavam os vastos corredores de Hogwarts. Enquanto caminhava, absorvia cada detalhe ao redor, sentindo-se inquieta depois do pesadelo que a despertara. Sua mente voltou a sua mãe, e às receitas que ela fazia quando Emilly era pequena. Havia algo reconfortante nisso, algo que a fez querer recriar uma dessas lembranças.

Sem pensar muito, ela se dirigiu à cozinha. Ao chegar, empurrou as portas, encontrando o lugar vazio, não era surpresa, afinal, já passava das três da manhã. Com a varinha em mãos, sussurrou:

- Alohomora.

A porta da despensa se abriu, revelando uma vasta coleção de ingredientes. Emilly sempre achou estranho como tudo ali era preparado magicamente, mas decidiu não pensar muito nisso. Focada em sua missão, procurou pelos ingredientes para fazer os cookies que sua mãe costumava preparar sempre que ela estava triste.

Reunindo tudo, levou os ingredientes até o balcão central de mármore e, com destreza, começou a preparar a massa. O forno já pré-aquecido estava pronto, e logo os cookies foram para assar. Enquanto esperava, ouviu passos no corredor. Seu coração disparou e, rapidamente, ela se abaixou atrás do balcão.

- O que você está fazendo aqui? - A voz familiar fez seu coração parar por um segundo.

Emilly ergueu-se lentamente, deparando-se com Mattheo Riddle, com seus olhos cor de mel brilhando na penumbra. Ele usava uma calça de moletom branca e uma camiseta preta, o que, de alguma forma, fez seu estômago dar um nó.

- Não é da sua conta - respondeu, tentando soar indiferente, embora algo nela sempre mudasse na presença dele.

- Hum... o que está no forno? - perguntou Mattheo, com uma calma cautelosa, se sentando em uma das cadeiras e a observando atentamente.

- Cookies - ela disse simplesmente, desviando o olhar para o forno, que agora exibia a luz verde indicando que estavam prontos. Emmy, tentando parecer mais confiante do que se sentia, retirou os cookies do forno. - Me dê um prato, não seja inútil - pediu, encarando-o.

Mattheo revirou os olhos, mas se levantou e entregou o prato a ela, observando cada um de seus movimentos com curiosidade. O aroma dos cookies frescos encheu o ar, fazendo o estômago dele roncar de leve. Emilly pegou um cookie e deu uma mordida generosa. Seus olhos fecharam por um breve momento, e ela soltou um leve suspiro de satisfação.

Por alguns segundos, ela ficou perdida em seus pensamentos, olhando fixamente para o cookie e, depois, para Mattheo, que continuava a observá-la com intensidade.

- Acho que é melhor eu subir... — murmurou, de repente desconcertada, algo raro na presença dele - Boa noite.

Sem esperar resposta, ela saiu apressadamente da cozinha, sentindo-se estranhamente vulnerável, algo que Mattheo nunca havia provocado nela antes.

Ficando sozinho, ele se aproximou lentamente do prato, ainda curioso sobre o porquê daquela súbita mudança em Emilly. Pegou um dos cookies e, ao dar a primeira mordida, soltou um suspiro de satisfação similar ao dela. Era, sem dúvidas, o melhor cookie que ele já havia provado.

Mas mesmo com o sabor delicioso, ele não conseguia tirar Emilly da cabeça. Algo sobre aquela noite o deixou intrigado, e por mais que tentasse ignorar, a presença dela parecia cada vez mais difícil de afastar de sua mente.

Yes My Dear, I Lied- Mattheo Riddle Onde histórias criam vida. Descubra agora