Capítulo 19: Owen o Orfão das Sombras

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Em um pequeno orfanato no coração de uma cidade, havia uma criança que desde cedo demonstrava uma inteligência incomum e uma frieza assustadora. Owen conheceu seus pais biológicos e sempre se sentiu deslocado entre as outras crianças. Enquanto seus colegas brincavam e riam, Owen passava horas sozinho, perdido em pensamentos sombrios e planos meticulosos.

Owen, ainda muito jovem, encontrou uma série de livros antigos e pergaminhos místicos que alguém havia deixado no orfanato. Ele se escondia em um canto escuro do prédio, folheando essas páginas antigas. Nelas, descobriu textos sobre magia, poder e um artefato lendário conhecido como o Orbe de Amara, que continha uma energia mística poderosa.

Ele aprendeu que essa energia poderia ser controlada e usada para grandes feitos, mas também para grandes destruições. Owen decidiu que não ficaria à mercê de ninguém; ele dominaria essa força e se tornaria o ser mais poderoso que o mundo já viu.

Desde cedo, as pessoas ao redor de Owen perceberam algo diferente nele, algo perturbador. Os cuidadores do orfanato começaram a evitar seu olhar, temendo a intensidade de seus olhos escuros. As outras crianças mantinham distância, percebendo instintivamente que Owen era alguém a ser temido.

Owen foi isolado, e esse isolamento alimentou sua raiva e sua ambição. Ele começou a ver o mundo como um lugar hostil, onde apenas os fortes sobreviviam. Em suas noites solitárias, ele jurava para si mesmo que um dia se vingaria de todos que o haviam rejeitado e se tornaria mais poderoso do que qualquer um poderia imaginar.

No orfanato, Owen conheceu um velho bibliotecário que parecia saber mais sobre os livros antigos do que deixava transparecer. O bibliotecário, percebendo a fome de conhecimento de Owen, começou a ensiná-lo secretamente sobre as artes místicas. Ele ensinou Owen a canalizar sua energia, a controlar seus poderes latentes e a usar a magia para seus próprios fins.

Owen absorvia esse conhecimento como uma esponja, e logo superou até mesmo seu mestre. Ele começou a experimentar novos feitiços e rituais, sempre em busca de mais poder. Com o tempo, ele se tornou um jovem mago extremamente habilidoso, com um controle assustador sobre as forças místicas.

Enquanto Owen crescia, sua sede de vingança também aumentava. Ele desenvolveu um plano detalhado para localizar o Orbe de Amara e tomar seu poder para si. Ele acreditava que com o Orbe, poderia dominar o mundo e se vingar de todos que o haviam desprezado e abandonado.

Owen começou a reunir seguidores, atraindo aqueles que, como ele, desejavam poder a qualquer custo. Ele se tornou uma figura sombria e influente, um líder carismático que prometia a seus seguidores riquezas e poder em troca de sua lealdade.

Com seu conhecimento crescente, Owen lembrou da existência de uma seita secreta liderada por Calista. Ele decidiu que se infiltraria na seita, pois sabia que ali encontraria mais informações e, possivelmente, o próprio Orbe de Amara.

Owen conseguiu se aproximar de Calista, apresentando-se como um mago promissor e sedento por conhecimento. Ele conquistou a confiança de muitos membros da seita, usando seu carisma e inteligência para esconder suas verdadeiras intenções.

Dentro da seita, Owen rapidamente se destacou. Ele demonstrava habilidades impressionantes e oferecia soluções inovadoras para problemas antigos. Sua fome de conhecimento parecia insaciável, e logo ele se tornou um dos protegidos de Calista. Ele passou a ter acesso a informações privilegiadas e a participar de rituais e encontros secretos.

Durante esse tempo, Owen continuou a planejar sua busca pelo Orbe. Ele sabia que Calista e Thompson tinham informações valiosas sobre o artefato e estava determinado a descobrir tudo o que podia.

Calista e Thompson, no entanto, começaram a perceber algo perturbador em Owen. Eles notaram que, apesar de seu talento, ele parecia estar mais interessado pelo poder do que no uso responsável da magia. Suas ações começaram a levantar suspeitas, e logo ficou claro que Owen tinha suas próprias ambições.

Uma noite, Calista encontrou Owen vasculhando documentos secretos em seu escritório. Enfurecida e preocupada com a segurança da seita, ela confrontou Owen. Ele não negou suas intenções; ao contrário, declarou abertamente que buscava o Orbe de Amara para si e que usaria seu poder para dominar todos.

Calista e Thompson sabiam que Owen era uma ameaça. Eles decidiram que ele não poderia continuar na seita. Com pesar, mas com firmeza, Calista expulsou Owen, avisando-lhe que ele jamais seria bem-vindo novamente. Owen, cheio de raiva e ressentimento, jurou vingança.

— Vocês cometeram um grande erro — disse ele, com olhos frios e desafiadores. — Vou encontrar o Orbe de Amara e usá-lo para destruir todos que se opuserem a mim.

A expulsão da seita apenas intensificou a determinação de Owen. Ele se dedicou ainda mais à sua busca pelo Orbe, reunindo seguidores e aprimorando suas habilidades. Seu ódio por Calista e Thompson crescia a cada dia, e ele estava determinado a provar que eles haviam subestimado seu poder.

Owen usou seus conhecimentos para criar feitiços e rituais poderosos, ampliando sua influência e atraindo aqueles que compartilhavam de sua ambição. Ele se tornou um líder temido e respeitado, um mago cujos poderes e intenções sombrias eram conhecidos e temidos por muitos.

No passado em um confronto inevitável, Owen encontrou-se cara a cara com Calista e Thompson após. Durante a batalha, Owen revelou como havia sido traído por aqueles que deveriam tê-lo protegido.

— Me jogaram fora como um lixo — gritou Owen, sua voz cheia de rancor. — Mas eu voltei, e agora sou mais poderoso do que vocês jamais poderiam imaginar. E vou usar esse poder para destruir tudo o que vocês construíram.

Owen prometeu que tomaria todo poder do Orbe...

The Heart's Echo: Jornada da Mente DivididaOnde histórias criam vida. Descubra agora