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"Você é um idiota, nunca mais vou ouvir você", Severus consegue sibilar antes de soltar um gemido longo e baixo quando outra contração ocorre. "Você está proibido de fazer mais planos!"

Severus está apoiado na cama, com as pernas abertas, toda a bagunça sangrenta entre suas coxas à mostra. Ele teria se sentido humilhado ao ser visto em tal posição se não estivesse consumido por uma raiva abrangente .

"Os pais não têm nada a ver com a câmara de parto", a parteira funga enquanto coloca toalhas limpas e água morna ao lado da cama.

Regulus, que não disse uma palavra desde o início, olha com mudo horror, seu rosto ficando pálido e úmido.

"Eu não me importo com o que você pensa, ele vai ficar," Severus retruca para ela. Ele então aponta o dedo para Regulus. "Não se atreva a desmaiar! Fique aí e veja o que você fez! - oooooaaaaaarrrggh já posso empurrar!? "


Quando tudo acaba, Severus - para seu absoluto desgosto - se vê totalmente obcecado pelo demônio de rosto vermelho que rastejou para fora dele. "Você não me causou nada além de tristeza nos últimos nove meses, não pense que não vou guardar rancor", ele sussurra para o bebê. Seu rosto se contrai, os olhos ainda teimosamente fechados, e ela agita os punhos minúsculos como se estivesse respondendo às palavras dele. Merlin o ajude, Severus realmente acha isso fofo.

Primeiro Sirius Black o ensinou a odiar, depois seu irmão Regulus o ensinou a amar, e agora Esther... Isso era amor? Parece mais profundo, maior do que o mero amor. Severus pressiona o nariz contra o cabelo escuro dela. A família Black está determinada a arruiná-lo.

Um lamento abafado ecoando ao longe interrompe seus pensamentos. "Narcisa," Regulus diz enquanto se senta na cama ao lado de Severus. "Ela está... ela ainda está de luto." Ele estende as mãos. "Deixe-me levá-la."

Severus relutantemente passa Esther para ele. "Apoie a cabeça dela."

"Eu sei."

"Não a segure com tanta força."

"Eu sei, Severo."

Regulus tem um sorriso bobo no rosto enquanto tira sua filha de Severus. Ele dificilmente se parece com o ilustre Herdeiro da Casa Negra neste momento. Algo dentro de Severus dói ao vê-lo segurar Esther e ele não consegue evitar apoiar a cabeça no ombro de Regulus.



"Não é exatamente o estado que eu esperava que você estivesse quando voltou rastejando", Eileen zomba enquanto abre a porta para ver seu filho parado ali, com a bolsa no ombro, a mala aos pés e o bebê nos braços. "Seu marido não é um lorde? Parece que me lembro de você se vangloriar disso. Certamente ele pode se dar ao luxo de colocar um teto sobre a cabeça de seu filho?"

Severus olha furioso para ela da porta. "Ele foi renegado", diz ele com os dentes cerrados.

"Oh? Chega da vida que você deveria ter ", Eileen bufa, relembrando uma das últimas conversas que teve com o filho cara a cara. "Você não pode me culpar por isso."

"Você vai nos deixar entrar ou não?" Severus finalmente responde.

Eileen dá um passo para trás. Severus abre caminho, convocando sua mala atrás de si e fazendo-a voar escada acima até seu antigo quarto.

"Então, onde está seu marido? Você não se separou, não é?" Sua voz está cheia de desaprovação. Mesmo agora ela não ousava dizer a temida palavra com D: divórcio.

"Ele está em Londres, trabalhando." Outra missão do Lorde das Trevas. Regulus parecia particularmente preocupado quando contou a Severus sobre isso. "Ele quer um elfo doméstico por algum motivo, e é claro que sugeri Monstro. Ele é o melhor elfo doméstico que existe, mas agora estou me perguntando-" Ele disse, antes de se interromper, não querendo divulgar muito pelo bem de Severus.

A noite do caçador ( TRADUÇÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora