Capítulo 7

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P.O.V JOSH

O barulho agudo e estridente era ensurdecedor. Rosnei, extremamente irritado, e tentei abafar o som colocando um travesseiro sobre a cabeça. Minha cabeça latejava de dor, sentia minhas têmporas pulsando fervorosamente. Esse maldito som era a campainha tocando incessantemente, e o ser abençoado que estava apertando o botão sem parar não dava um segundo de descanso. A minha vontade era arrancar esse botão do inferno da parede.

Levantei-me, atordoado e cambaleante, xingando mentalmente enquanto caminhava até a porta. Cada passo parecia ecoar a dor na minha cabeça. Quem quer que fosse, tinha acabado de ganhar um inimigo.

Abri a porta com um puxão brusco e dei de cara com Bailey, que exibia uma expressão séria. Eu conhecia bem essa cara; ele estava irritado comigo, e não fazia ideia do porquê. Mas, sinceramente, eu não me importava. Estava muito mais irritado com ele por ter me acordado.

— Que diabos você quer, Bailey? — rosnei, esfregando os olhos para tentar afastar o sono.

— Bom dia para você também, Josh. — Ele respondeu com sarcasmo. — Posso entrar ou você vai continuar agindo como um animal?

Respirei fundo, tentando controlar a raiva que borbulhava dentro de mim. Abri a porta um pouco mais, permitindo que ele entrasse.

— Entra logo. — Resmunguei, fechando a porta com força atrás dele.

Bailey entrou e se dirigiu diretamente para a sala, onde se jogou no sofá. Observei-o por um momento, tentando decifrar o motivo de sua visita.

— Você vai me explicar por que diabos estava tentando quebrar minha campainha? — Perguntei, cruzando os braços e encarando-o. — Você sabe que horas são?

— São quase 11 horas da manhã, Josh. Você deveria estar acordado. Mas claro que não, passou a noite toda na farra, e nem adianta negar, o cheiro de álcool está impregnado em você. — Seu tom soava agressivo e ao mesmo tempo repreensivo.

Revirei os olhos e soltei um suspiro exasperado.

— Foda-se. E daí que passei a noite na farra? Você não pode chegar aqui feito um maníaco tocando a campainha.

— Você sabe que dia é hoje? Pela sua cara, claro que não. — Ele perguntou seriamente, me encarando com um olhar furioso. — Hoje tínhamos uma audiência marcada, sobre a sua briga na balada, onde você quase matou um outro alfa por conta de um ômega.

— Merda! — Resmunguei, a lembrança da confusão que tive  invadindo minha mente. — Por que você não me lembrou antes?

— Eu te mandei dezenas de mensagens ontem à noite, mas você estava muito ocupado enchendo a cara para responder. — Ele se levantou do sofá, a frustração evidente em seus olhos. — Josh, você precisa começar a levar as coisas a sério. Essa audiência era importante. Você devia estar lá para se retratar, mas como sempre, eu tive que limpar sua barra inventando uma desculpa esfarrapada de que você estava passando mal.

— Justamente por isso você é meu advogado. Além disso, não vejo motivo para me desculpar com aquele cara, afinal foi ele que começou a confusão. Não tenho culpa se o namorado dele estava me dando mole. — Falei com indiferença e fui para a cozinha.

Bailey me seguiu até a cozinha, onde abri a geladeira e peguei uma garrafa de cerveja, tentando ignorar o sermão que sabia que viria. Meus dedos mal tinham sentido o frio do vidro quando a voz dele ecoou pela cozinha.

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