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Capítulo 14

P.O.V JOSH

Entrei em casa, sentindo uma inquietação estranha que parecia se originar do fundo do meu ser. Meu lobo estava em alerta, inquieto, e tudo que conseguia pensar era em Noah. Algo estava errado; o ar parecia mais pesado, carregado de uma sensação que só aumentava minha apreensão.

— Noah? — chamei, a voz reverberando pelo silêncio da sala.

Dei alguns passos adiante, meus sentidos em alerta máximo, e foi quando o senti. Um aroma doce e avassalador de baunilha, misturado com um toque suave de lavanda, inundou meus sentidos. Cada célula do meu corpo reagiu ao cheiro, despertando meu lobo, que rugia em minha mente, clamando por seu ômega. Respirei fundo, o cheiro de Noah invadindo meus pulmões, enviando uma onda de calor por todo o meu corpo, acelerando meu coração e tensionando cada músculo.

"Heat," pensei, sentindo o peso dessa palavra em minha mente. O cio de Noah havia começado, e o cheiro dele estava por toda parte, tomando conta da casa como uma tempestade perfumada e densa.

Um desejo avassalador tomou conta de mim, queimando cada pensamento racional. A única coisa que importava era Noah. Eu precisava estar com ele, protegê-lo, e acima de tudo, saciar a necessidade crescente e primal que agora dominava cada fibra do meu ser. Movi-me rapidamente, guiado pelo rastro do seu cheiro, que só aumentava a cada passo que eu dava em direção ao quarto. Minha respiração estava pesada, como se o ar fosse insuficiente para a fome que crescia dentro de mim.

Quando alcancei a porta do quarto, o cheiro era tão intenso que parecia quase sólido, preenchendo o espaço ao meu redor. Empurrei a porta, e a cena à minha frente me atingiu como um golpe, roubando meu fôlego.

Noah estava na cama, os lençóis emaranhados ao redor de seus tornozelos enquanto seu corpo se contorcia, tomado pelo desejo. Sua pele brilhava sob o suor, e seus olhos estavam semicerrados, a boca entreaberta soltando gemidos baixos e trêmulos. Ele se agarrava ao colchão como se precisasse de algo para se ancorar, seu corpo um retrato vivo do desejo e da necessidade.

— Josh... — ele sussurrou, a voz rouca e carregada de uma súplica silenciosa. Nossos olhares se encontraram, e a necessidade nos olhos dele me atingiu como uma onda de calor, fazendo meu sangue ferver ainda mais, minha boca se enchendo de saliva em uma reação instantânea.

Não consegui mais me conter. Em um segundo, já estava ao lado da cama, minhas mãos encontrando os pulsos de Noah, puxando-o para mais perto. Ele se moldou contra o meu corpo como se fosse a única coisa que pudesse me acalmar, mas ao mesmo tempo, alimentava o fogo que ardia dentro de mim. O cheiro dele estava por toda parte, me embriagando, deixando-me tonto de desejo e completamente perdido na mistura intoxicante de feromônios que enchia o quarto.

Tudo em mim gritava para reivindicá-lo, para saciar a fome que crescia a cada segundo, mas eu sabia que precisava manter o controle, pelo menos por enquanto. Noah precisava de mim, e eu faria qualquer coisa para aliviar a dor e o desejo que o consumiam.

— Você me quer, Noah? — Minha voz saiu grave, mais como um rosnado do que uma pergunta. Cada pequena expressão no rosto dele, cada gemido, e o modo como seu corpo tremia com o contato, era como uma isca, puxando-me para mais perto, atiçando o fogo que já queimava dentro de mim.

Noah gemeu, arqueando-se contra mim, seu corpo desesperado por mais contato, mais toque, mais de mim. A fragrância inebriante da sua lubrificação natural invadiu meus sentidos, e senti meus olhos escurecerem de puro desejo.