Capítulo 15 - Incêndio

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E AÍ, MINHAS SAPAS?

Vamos para mais um capítulos?

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LEMBRANDO QUE TEMOS UMA VERSÃO CAMREN DESTA OBRA!

Prestem atenção nas datas dos acontecimentos!

Capítulo de hoje contém sangue (não muito)

Segurem a perereca de vocês 🙏🏻

ENJOOY!

~*~

– Rússia, San Petersburgo, 1975 –

As lagrimas nos olhos negros marcam o rosto bonito e o enfeita com uma expressão triste. Estava apaixonada; uma paixão ardente que doía-lhe o peito e a fazia se sentir viva. No entanto, isso acabou.

De certo, Clara sequer ousou pensar que poderia existir um romance entre elas. Como Altagraça olharia para ela, de toda forma?

Tudo estava pronto. A menina partiria para Madri no dia seguinte, estava nervosa, nunca se deu bem com mudanças. Deixaria seu fiel companheiro tigrado para trás, Clara fez seu pai jurar que lhe cuidaria bem.

Colocando mais uma muda de roupa na mala, a russa escuta batidas tímidas na porta, e se surpreende ao abrir.

— Oh, olá. – sobressalta em surpresa.

— Posso entrar? – a mulher pergunta.

Com um aceno veemente, Clara dá passagem para a morena.

— Aconteceu alguma coisa? – a confusão em sua mente era demasiada.

— Eu apenas – Suspira, negando a cabeça. — Soube de tudo. – a mulher não consegue encarar a de cabelos negros, sua linguagem corporal é distante. Com os braços cruzados e mantendo uma postura afastada, a morena continua:

— Altagraça sabe bem como ser uma desgraçada. – sussurrou, mais para si mesma.

Clara acha graça no devaneio da morena, então solta um riso baixo, que faz algo dentro da outra estremecer.

Acho que posso dizer que sei disso agora. – garantiu em um sorriso triste.

Era dolorido demais ver a garota assim, por isso manteve o distanciamento. Mas assim que viu a fragilidade nos olhos da menina, a mulher deixa a tensão de seus ombros ceder e solta o ar preso no peito.

Clara, assistindo a expressão taciturna e confusa da morena, pergunta:

— O que está fazendo aqui? – embora tenha notado a distância entre elas, a russa não deixar de se aproximar.

Vim te ver. – a voz soa robótica; engessada. Mais parecia que aquela mulher estivesse segurando suas emoções dentro de si.

— Ah, sim... – começa. — Porque você, certamente, me entenderia, não é? – termina a frase lotada de sarcasmo.

A mulher, de braços cruzados, recebe sua resposta e aperta os lábios em agonia.

— Clara – inicia em um tom de aviso.

— Não! – grita. — Estou cansada de todos decidirem por mim! – aponta um dedo para a mulher, acusando-a. — Gostaria de poder viver, pelo menos uma vez! Eu quero poder sentir; poder ser feliz... – poucas gotas salgadas caem de seus olhos. — É a droga da minha vida.

O tom de voz falho de Clara atinge a morena, que resolve deixar sua rigidez de lado e acolher a frágil garota em seus braços. Ela tenta abraçá-la, porém, Clara foge e isso a irrita.

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