Capítulo 19 - Nós

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ENTÃO GALERINHAA! CHEGAMOS AO FINAL! 

Acredito ter sido por isso que enrolei tanto para escrever e soltar o capítulo, afinal, não queria que acabasse. 

EM BREVE, TEREI UM NOVO LANÇAMENTO. 

APROVEITEM!

~*~

Narrador

O ar era denso e seco, quase sufocante. Clara sentiu-se emergir de uma névoa confusa, a cabeça pulsando como se tivesse sido atingida. Ao abrir os olhos, percebeu a escuridão do ambiente que a cercava e tentou se mover, mas algo apertava seus pulsos. A dor irradiava de suas mãos amarradas, cortando o fluxo de sangue. Ela estava em algum tipo de galpão, abandonado e frio. O cheiro de ferrugem e umidade era forte. A mente de Clara começou a clarear, junto com a dor aguda da situação em que se encontrava.

Antes que pudesse organizar os pensamentos, ouviu passos firmes e ritmados, cada um ressoando com força contra o chão de concreto. Ela ergueu os olhos e viu Alessandra emergir das sombras, um sorriso sinuoso e satisfeito no rosto. Seus olhos cintilavam de uma maneira quase perturbadora.

Ela se aproximou devagar, um sorriso estranho e satisfatório moldado em seus lábios.

— Achei que demoraria mais para acordar, Clarita — a mulher sussurrou, a voz carregada de uma doçura distorcida.

Decidindo não mostrar o medo que sentia por dentro, Clara levanta o queixo de forma confiante.

— Alessandra, o que você está fazendo? — a voz saiu firme, mas foi possível ouvir um leve tremor em suas palavras.

Ela deu uma risada baixa e agachou-se diante da russa, seus olhos dançando com algo sombrio e possessivo.

— Estou apenas garantindo que você finalmente entenda. Você pertence a mim. — ela disse, o tom calmo e gelado.

— Isso é loucura, Alessandra — rebateu, tentando mover os pulsos sem sucesso.

— Loucura? — Ela inclinou a cabeça, considerando a palavra. — Talvez. Mas eu te avisei, não avisei? Disse que eu não era como nenhuma outra vagabunda que você encontraria por aí. Nem mesmo aquela sua amada Altagraça. – ela riu desacreditada. — Ainda não acredito que ela era "a tal mulher". – era possível sentir o ódio escorrer nas suas palavras.

— O que fizeram com ela? – tentou soar racional, mas era impossível.

Alessandra se abaixou, aproximando o rosto do de Clara, e tocou suavemente sua bochecha. Clara se afastou, sentindo o corpo todo enrijecer ao toque frio e calculado da mulher.

— Eu sempre soube que você era minha, Clara — sussurrou Alessandra, seu tom frio e possessivo. — Nunca duvidei disso, mesmo quando você corria para os braços daquela... mulher. – seu tom era puro asco.

— Altagraça? — Clara o sussurrou com uma pontada de fúria. — Você é realmente patética, Alessandra. Seu prazer não é ter a mim e ter o meu amor, você só quer me controlar. Espero que saiba: você jamais terá esse poder sobre mim. Nunca!

O sorriso de Alessandra se transformou em um riso sádico.

— E é exatamente isso que eu adoro em você. Essa luta constante, essa... energia rebelde. – os olhos da mulher cresceram para esta atitude da mulher mais nova.

— Eu garanto, se acha que isso vai me fazer te amar, está mais louca do que eu pensei.

Alessandra sorriu ainda mais. Ela se ergueu e começou a andar ao redor de Clara, a observando de cima a baixo, como uma predadora que examina a presa antes do ataque.

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