Carta

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Obito: Aqui, achei a carta que tinha falado antes.

Me sentei na cama, cobrindo meu corpo com o cobertor e pegando o envelope de suas mãos. Obito se sentou ao meu lado e encarou o papel.

Obito: Que língua é essa?

S/n: Você não consegue ler?

Obito: Não, talvez os seus olhos estejam traduzindo.

S/n: Isso é muito foda então.

Obito: Enfim, o que tá escrito aí? – Ele beijou meu ombro.

S/n: Hum... está dizendo que meu irmão mais novo está vivo, meu pai me parabenizou por despertar o sharingan e tá falando que eu tenho que ir na vila da areia me encontrar com meu irmão.

Obito: Isso não é possível, ou é?

S/n: Não, não é. Embora não seja comum você encontrar alguém que conheça essa língua, o papel e a tinta são novos, ou seja, alguém escreveu isso e deixou na mansão antes de pegar fogo.

Obito: Mas quem fez isso? Porque só nós e seu sensei sabemos dessas coisas.

S/n: Os ninjas da vila da nuvem também, afinal, isso tudo foi causado por eles.

Obito: Eles acham que você é burra ou o que? Essa é a pior armadilha que eu já vi!

S/n: Realmente, mas eu vou mostrar isso pro Fuyuki, talvez possa valer a pena.

Obito: Sério? – Ele suspirou alto. – Você quer mesmo cair nessa armadilha ridícula?

S/n: Vou falar com o Fuyuki.

Obito: E se ele for inteligente e não deixar você ir?

Dei de ombros e me levantei, tomei um banho e me troquei antes de ir atrás do Fuyuki. Ele estava tomando chá na varanda, tão calmo que eu me perguntei se era mesmo o homem que tentou moer meus ossos em um treinamento.

Fuyuki: O que foi?

S/n: Obito achou isso. – Entreguei a carta para ele.

Fuyuki: Claramente é falsa. Só isso?

S/n: Você não tá nem com um pontada de dúvida? Sabe, e se for verdade?

Fuyuki: Nós dois vimos o que aconteceu naquela noite – ele rasgou a carta. – Só você sobreviveu, então não seja ingênua agora.

S/n: Mas e se...

Fuyuki: Não.

S/n: Escuta, nós dois sabemos quem era capaz de entender essa língua.

Fuyuki: Pessoas aprendem coisas novas todos os dias, s/n. – Ele tomou um gole do chá. – Se você for lá, saiba que estará por sua conta e risco, porque eu não vou te salvar sendo que você escolheu ser burra.

S/n: Você só me ofende, credo.

Fuyuki: Se você não se fizesse de sonsa, eu não te trataria assim.

S/n: Eu nem ia nessa merda, seu grosso.

Fuyuki: Sábia decisão. Agora que você está aqui, vamos meditar um pouco.

S/n: Por que eu faria isso?

Fuyuki: Porque eu mandei. Me siga.

No jardim, já tinha duas almofadas no chão e um incenso queimando. Abanei a fumaça para o vento levar e me sentei, Fuyuki ficou de frente para mim e respirou profundamente.

Fuyuki: Espero que não seja tão difícil para você.

S/n: Você acha que eu sou uma piada, não é?

A empregada Uchiha (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora