Templo

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Fuyuki ficou me segurando em seus braços por um bom tempo. Tempo suficiente para que eu me acalmasse e colocasse todos os meus pensamentos em ordem.

Limpei minha garganta e me afastei de seu abraço, levantei e ajeitei meu cabelo e limpei meus olhos.

S/n: Me sinto uma nova mulher - sorrio meio sem graça, mas tentando manter meu bom humor.

Fuyuki: Vamos conversar, que tal? Você claramente não está bem.

S/n: Tem razão, eu não estou bem, estou ótima. Só preciso de um tempo longe... longe disse tudo - gesticulei em direção da casa.

Fuyuki: Fugir e ignorar os seus problemas não vai melhorar a sua situação, S/n. Nós precisamos falar sobre isso uma hora ou outra.

S/n: É aí que você se engana. Sempre deu certo me esconder e ignorar. Eu... eu volto em algumas horas, só me dá um tempo, pode ser? - Limpei minhas mãos na calça. - E não se preocupe, eu não vou me matar nem nada do tipo.

Fuyuki: S/n, não leve nada do que ouviu a sério. Eles são uns imprestáveis.

Balancei minha cabeça e fui andando pela trilha.

Imersa em meus pensamentos e tentando ignorar as vozes da minha cabeça, eu andei, andei sem nem me dar conta do caminho. E quando eu parei para respirar e engolir novamente meu choro, eu percebi que não fazia a menor ideia de onde minhas pernas me levaram. Tinha saido da trilha a um bom tempo, aquele lado da floresta era novo para mim.

S/n: Bom, problema para a minha eu do futuro, foda-se. - Dei de ombros e continuei andando.

- Aqui criança... siga minha voz.

O vento assobiava, enquanto a voz doce de uma mulher ecoava pela floresta.

- Eles são uns inúteis, não é? Eles não merecem você e tudo que fez por eles.

S/n: Tá bom... eu tô alucinando de novo ou coisa do tipo?

- Você não vai e nem pode deixar aqueles homens te tratarem daquela forma. Você merece mais, e eles merecem pagar.

S/n: Hum... e como eu faria eles pagarem?

- Siga minha voz, criança, e eu lhe mostrarei tudo que precisa. Apenas continue em linha reta.

S/n: Escuta, eu sou pobre e não burra, então para com essa porra de joguinho de "siga a voz estranha na floresta" e venha você até mim. Daqui eu não saio, não tô cem por cento maluca ainda.

- Acha que eu quero fazer algum mal a você? Acredite, eu não posso te deixar pior do que aqueles homens. E se eu quisesse te machucar, você sequer conseguiria se defender rápido o suficiente, criança.

Por um lado, eu acho que ela tinha razão, quero dizer, a voz dela estava ecoando em alto e bom tom, seja quem for, não tinha uma fonte de chakra e deve conhecer a floresta melhor do que eu. Eu seria o jantar dela, independente se eu seguir sua voz ou não, e mesmo não a vendo, eu sabia que tinha uma forte presença ali. Forte o suficiente para destruir tudo quando bem entendesse.

S/n: Ok, eu posso estar sendo muito burra, mas não tem como ficar pior.

- Tem sim, mas não é por minha causa que tudo pode piorar. Siga em linha reta, minha criança, ou não, a escolha é totalmente sua.

A empregada Uchiha (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora