Um pedido de desculpas

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Acordei com o som de trovão e um clarão iluminou o quarto por uma fração de segundos. Fuyuki realmente tinha optado por dormir no seu escritório.

Me levantei da cama, cruzando os braços devido o frio e saí do quarto, a casa estava escura e até silenciosa, mas também, já deveria ter passado das duas da madrugada e eles iam sair depois do sol nascer.

Ao chegar na cozinha, liguei a luz e abri a geladeira, a tempo de ver o Obito se aproximar enquanto bocejava.

S/n: Dessa vez você não vai me assustar.

Obito: Não era minha intenção - ele riu, pegando a jarra de suco. - Vai fazer um lanche?

S/n: Acho que sim... não sei se vou conseguir dormir com todos esses trovões.

Obito: Tá com medo, princesa?

S/n: Não tenho boas lembranças... enfim, você quer pudim?

Ele beijou minha testa e pegou o pudim, dividindo e colocando em nossos pratos. Puxei uma das cadeiras e me sentei.

S/n: Tem alguma chance de me deixarem ir com vocês quando amanhecer?

Obito: Duvido que o Madara vá permitir, mas por que quer ir?

S/n: Ficar em casa tem me deixado entediada, e se eu passar mais um dia treinando com o Fuyuki, eu juro que me jogo de um precipício.

Obito: Não deve estar sendo tão ruim assim.

S/n: Fala e fácil, você já é ninja a muito tempo, aprendeu desde cedo e tudo mais, eu não.

Obito: Você não quer ser uma kunoichi?

S/n: Não, eu só faço isso pra sobreviver - inclinei minha cabeça para trás. - Tudo seria diferente se eu fosse rica.

Obito: Lá vem você com esse papo de novo - ele riu em negação. - O que te faz pensar que seria mais fácil?

S/n: E não seria? Vida de gente rica é sempre mais fácil. Tudo seria perfeito, contanto que eu tivesse rios de dinheiro - dei risada, cortando um pedaço do pudim.

Obito: Você é um graça mesmo... e se vale de algo, aqui era incrivelmente chato antes de você.

S/n: Eu sei, eu tornei a vida de vocês melhor.

Obito: Da pra se divertir bastante com seus surtos de raiva e as brigas com o Madara.

S/n: Ok, isso não é engraçado.

Obito: Você que pensa. Quem olha, acha que é o próprio circo.

S/n: Mudando de assunto, como você conseguiu essas cicatrizes?

O sorriso no rosto dele sumiu na hora, dando lugar a uma expressão séria. Toquei na ferida sem querer...

Obito: Não vamos falar disso.

S/n: Foi mal, eu só fiquei curiosa.

Obito: Relaxa. Tô indo dormir, boa noite. - Ele deixou o prato na pia e voltou para o quarto.

Uchihas e seus problemas...

Itachi: Ele não gosta de falar sobre as cicatrizes.

S/n: Eu percebi. Mas por quê?

Itachi: Você gostaria que alguém ficasse perguntando sobre algum trauma que você obviamente não gosta de lembrar ou comentar?

S/n: Hum... justo. Mas você sabe o motivo, não sabe? Me conta aí, eu prometo não tocar no assunto nunca mais.

A empregada Uchiha (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora