6° Capítulo

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Ela caminhava calmamente atrás do homem de roupas de couro pelo frio repentino que atingiu aquela manhã ensolarada, passava por dentro das matas desconhecidas próximas ao castelo de sua rainha. Ele andava sem rumo pela floresta proibida, era um risco que queria correr para ter as peças que precisava para detalhar algumas de suas incríveis criações e sorria ao perceber que estaria no lugar certo. Havia muitos pilares rochosos formando um círculo perto de um cemitério desconhecido para as pessoas de todos os reinos, era um segredo que somente real que a sua família guardava entre os seus.

Aquelas rochas assustadoras faziam um tipo de barreira para o cemitério atrás das mesmas, elas nunca foram ultrapassadas desde os tempos mais antigos e ele não cometeria esse erro como um dos seus tios, que hoje está descansando em paz. Aquelas terras possuíam muitos segredos que não seriam revelados tão cedo para as pessoas, mistérios assim como a antiga lenda daquele lugar que um dia foi habitado.

— Isso não é perigoso?— questionou ela ainda caminhando atrás dele já chegando nas rochas após passarem por algumas árvores com galhos pontiagudos e sombrios.

— Está com medo?

— Não é isso. Eu nunca vim para estes lados, meu pai nunca permitiu e se ele souber, ficará uma fera — seu corpo iria rodando devagar enquanto ela olhava para tudo a sua volta com bastante curiosidade e um pouco de medo de estarem fazendo algo errado ou infringindo as leis da rainha.

— Não estamos fazendo nada de errado, apenas buscando uma pedra precisa para colocar em sua espada.

Azael retirou a mochila preta de suas costas ao perceber que estava em frente ao altar rochoso que pensou ter sido destruído anos atrás pela rainha. Ele abaixou seu corpo de encontro ao gramado, abriu sua mochila já começando a procurar suas ferramentas de trabalho para poder finalizar a espada da garota. 

— Como?

— Essas terras são mágicas pelo o que os meus antepassados diziam. — ele retirou algumas peças metálicas de sua mochila, as colocando aos pés do altar de concreto antigo. Sua amiga se aproximou devagar ainda receosa se era certo estarem ali em tempos como os que estavam vivendo após os comunicados reais.

— Tá, e daí?

— Espadas forjadas com as pedras dessas terras intensificam nossos poderes, absorvem os daqueles que são agraciados quando as tocam. — explicou ele retirando uma enorme espada de dentro da bainha presa á suas costas e olhou para a mulher pelo canto dos olhos, com um sorriso ladino pois iriam até o fim do que começaram.

— Isso já aconteceu alguma vez?

— Com meu irmão mais velho, mas eu não sabia na época. Ninguém da minha família havia conseguido forjar uma espada com pedras deste solo sagrado. — engoliu em seco ao olhar para frente se lembrando do que aconteceu com seu irmão.

Ele queria construir uma peça única que jamais conseguiriam forjar em todos os reinos. Acampou junto de seu irmão mais velho por dois longos dias na floresta amaldiçoada para encontrar as pedras que tanto desejava para fundir com sua nova espada, sendo a ônix e um quartzo rosado que estavam soterrados em baixo do pilar rochoso mais alto do círculo de concretos. Colocou a ônix na empunhadura de sua espada e o quartzo rosa foi fundido pela sua extensão junto ao metal usado pelo mesmo na hora em que estava a moldando para que ficasse afiada e detalhada o bastante.

Cortou a palma de sua destra e teve seu sangue derramado sob as terras úmidas que receberiam sua arma assim que cavasse um buraco.Ele enterrou sua espada dentro do buraco que cavou em frente ao altar de concreto, tampou com a terra do mesmo local em que achou as pedras. Azael deslizou devagar suas mãos ásperas de tanto trabalho pesado sob o solo encantado, sentindo seus poderes sobre o fogo atravessarem o mesmo mas sem causar danos á sua espada e percebeu um brilho intenso vindo de debaixo daquelas terras misteriosas.

Saga: Os ElementaresOnde histórias criam vida. Descubra agora